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Corpo de Joelmir Beting será cremado

O jornalista morreu na madrugada desta quinta-feira, à 0h55, aos 75 anos, após sofrer um AVE. Seu corpo será velado até 14h no Cemitério do Morumbi

Por Da Redação
29 nov 2012, 12h47

O corpo do jornalista Joelmir Beting, que morreu na madrugada desta quinta-feira, aos 75 anos, será cremado nesta tarde. Ele está sendo velado no Cemitério do Morumbi desde as 8h da manhã e, às 14h, haverá um funeral, do qual só poderão participar seus familiares.

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Mauro Beting no velório de seu pai, o jornalista Joelmir Beting realizado no cemitério do Morumbi
Mauro Beting no velório de seu pai, o jornalista Joelmir Beting realizado no cemitério do Morumbi (VEJA)

Além de sua família e de amigos, passaram pelo velório o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, jornalistas e admiradores de seu trabalho. Sobre seu caixão, havia uma bandeira do Palmeiras – seu time do coração.

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Beting sofreu um Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVE) no domingo, e estava em coma irreversível, segundo o Hospital Albert Einstein, onde o jornalista estava internado desde 22 de outubro para tratar de uma doença autoimune (uma falha no sistema imunológico que leva as células de defesa a atacarem o próprio organismo).

Ele sofreu o AVE já internado no hospital e estava sedado, respirando com o auxílio de aparelhos e fazendo diálise. Após pouco mais de um mês de internação, apresentava melhora mas, antes de receber alta, sofreu o acidente vascular, segundo o hospital.

Trajetória – Joelmir nasceu em 21 de dezembro de 1936 em Tambaú (SP), a 260 quilômetros da capital paulista. Trabalhou na fazenda da família até se mudar para São Paulo em 1955, para estudar sociologia. Sobre a infância e a chegada do interior, escreveu em um perfil publicado em seu site oficial: “Fui bóia-fria aos sete anos de idade. Desembarquei em São Paulo com a roupa do corpo”.

Ainda na época da faculdade, na Universidade de São Paulo (USP), começou em 1957 a trabalhar como jornalista, inicialmente na área esportiva. Suas primeiras experiências profissionais foram nos jornais O Esporte e Diário Popular. No rádio, ensaiou os primeiros comentários na Panamericana – que viria a se tornar a Jovem Pan.

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Chacrinha da economia – Sua carreira de mais de 50 anos, porém, foi dedicada principalmente ao jornalismo econômico, que procurava traduzir para o público usando uma linguagem coloquial e bem humorada. Em 1968, se tornou editor de economia da Folha de S. Paulo, jornal em que começou a publicar uma coluna reproduzida por dezenas de veículos de comunicação do país. Em 1991, mudou-se para O Estado de S. Paulo.

A coluna diária foi meu pau-da-barraca profissional. Com ela, desbravei o economês, vulgarizei a informação econômica, fui chamado nos meios acadêmicos enciumados de ‘Chacrinha da Economia'”, anotou o jornalista.

Autor de dois livros, Na Prática a Teoria é Outra (1973) e Os Juros Subversivos(1985), Joelmir escreveu ainda dezenas de ensaios para revistas e recordava sobretudo de um considerado “muito especial”, sobre os efeitos da inflação no Brasil: Os Párias do Quatrilhão, publicado por VEJA no Natal de 1996.

O jornalista teve ainda passagens pelas rádios Gazeta e CBN. Na televisão, passou pela Bandeirantes – onde em 1982 foi o mediador do primeiro debate eleitoral da história da TV brasileira -, além da Record, Gazeta e Globo, onde trabalhou por 18 anos, incluindo o canal a cabo Globonews. Em 2004, voltou ao Grupo Bandeirantes. Desde então, mantinha colunas no rádio e era comentarista dos telejornais da emissora.

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Palmeirense e apaixonado por futebol, Joelmir teve a ideia de homenagear Pelé com uma placa por um gol antológico, marcado contra o Fluminense, em 1961, no Maracanã. Daí nasceu a expressão “gol de placa”, sobre a qual o jornalista dizia: “Não sou o autor da expressão ‘gol de placa’. Sou autor da placa que originou a expressão ‘gol de placa'”. Joelmir deixa a viúva Lucila, com quem se casou em 1963, e os filhos Gianfranco, publicitário, e Mauro, que seguiu a carreira de jornalista esportivo.

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