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BBB12: o reality show que foi do inferno ao purgatório

Da suspeita de estupro na primeira semana à final dos mocinhos comportados, o reality show inverteu a lógica da audiência e deu nó na moral do espectador

Por Da Redação
29 mar 2012, 19h30

Na noite da última terça-feira, em que o modelo gaúcho Jonas se despediu do Big Brother Brasil, uma marca de camisinha veiculou anúncio no intervalo do programa. Não deixou de soar curioso o comercial, de carona em um programa que faz do sexo o seu maior chamariz, mas também quase naufragou por causa dele. Edição mais polêmica entre todas as transmitidas pela TV Globo, e talvez por isso com audiência superior à do ano passado, o BBB12 começou com uma suspeita de estupro e terminou premiando os santinhos da casa. Com 92% das intenções de voto, segundo levantamento do site de VEJA, o caipira Fael tem tudo para voltar para casa, esta noite, com 1,5 milhão de reais.

E, ainda que não fosse ele: nas últimas semanas, só restaram no confinamento jogadores bem comportados. Exemplo, sem dúvida, da mineira-baiana Kelly, que chegou a ser chamada de “planta” pela edição do programa, do modelo Jonas, que rezava antes de fazer suas refeições, e da agora surtada Fabiana, que entrou na casa afagando a aliança e, apesar de ter rebolado bastante para Fael, não pulou a cerca da fazenda do caubói. Sobre Jonas, vale um adendo: ele beijou duas e tentou beijar a terceira, Kelly, mas esse tipo de atitude, vinda de um homem, o público perdoa. Que o diga a mineira Renata.

Considerados os bons moços e moças da casa, Fael, Kelly, Jonas e Fabiana não se embebedaram loucamente, não fizeram sexo, não brigaram entre eles – tudo aquilo que faz alguém ser lembrado como ex-BBB. Fabiana até brigou, mas só na reta final do confinamento, quando teve um surto – aliás, sem cura até aqui. E Fael até bebeu um pouco em uma festa ou outra. Mas, com seu jeito acanhado e ingênuo, ressaltado pela seca amorosa só interrompida pela chegada da atirada espanhola Noemí, figurou como o bom selvagem desta edição. Aquele que, segundo a teoria do suíço Rousseau, desconhece o mal porque desconhece a civilização – metáfora para o caso do menino do interior, criado longe da cidade grande.

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O que o resultado do BBB12 indica sobre o espectador do programa é difícil saber, se levada em consideração a final do ano passado, vencida pela periguete Maria, que chegou a relinchar – sim, a relinchar – no reality de desejo sexual. É possível que a suspeita de estupro tenha orientado a votação do público este ano. O curioso, porém, é que a audiência passou da média de 24,8 para a de 25,3 pontos no Ibope. E que, embora tenha afugentado patrocinadores – o volume de merchandising caiu 30% -, o programa termina com um comercial de camisinha.

Seja como for, o certo é que o BBB termina expondo, mais uma vez, o caráter nacional. O senso de justiça dos que pediram a investigação da suspeita de estupro, o machismo, o moralismo por vezes dúbio. E termina no purgatório, com um time sem graça fechando uma edição que não será a última, apesar da polêmica de seu início. É possível, até, que ele reconduza a Globo ao paraíso das verbas publicitárias no ano que vem. A conferir.

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