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Serra usa mensalão contra Haddad em debate

Tucano afirma que o mensalão partiu do governo e do partido de Fernando Haddad. O petista tentou o contra-ataque vinculando José Serra a Kassab

Por Da Redação
24 out 2012, 18h34

A cinco dias das eleições, o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, usou as condenações de petistas envolvidos no mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para emparedar seu adversário na disputa, Fernando Haddad, do PT, em debate promovido pelo SBT na tarde desta quarta-feira.

No segundo bloco do debate, os candidatos responderam a perguntas enviadas pelos telespectadores. Por sorteio, Haddad deveria questionar Serra sobre corrupção. Perguntou sobre “providências para coibir desmandos na prefeitura”. Serra afirmou que o maior escândalo de corrupção da gestão Lula partiu do governo e do partido “de onde Haddad vem”. E disparou: Vão querer repetir mensalão aqui?”

“Não podemos deixar de falar do mensalão. A cúpula do PT foi condenada por formação de quadrilha. Aqui em São Paulo, não adianta dizer que isso não tem a ver com a prefeitura, porque tem sim. Prefeitura significa princípios. Vão querer repetir mensalão aqui?”, afirmou o tucano. “(O STF) Condenou o petista número um: José Dirceu”.

A declaração irritou Haddad: “Tenho uma reputação ilibada, não há sequer uma suspeita. Seu desrespeito chega às raias da insanidade, trazer o mensalão para cá? O que você está fazendo?”. Em seguida, disse que Serra “o conhecia” e, nervoso, rebateu: “Alto lá!”. O tucano insistiu no tema: “Esta questão do mensalão não envolve essa ou aquela pessoa, envolve um partido. O método petista é de usar o governo como se fosse propriedade privada. Se ele não está envolvido, ele está no partito que fez o mensalão, isso que é mais importante”, disse.

Nas considerações finais, ainda voltou a carga. “Como prefeito, não vou governar para patotas nem partidos. Não vai ter desempregado do mensalão no meu governo. Considero essa questão da ética fundamental, vamos governar com ética e moral”, disse Serra.

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Renúncia e Kassab – Haddad tentou o contra-ataque afirmando que Serra renunciou ao mandato quando foi prefeito – em 2006, ele saiu do cargo para disputar o governo estadual -, mas a equipe nomeada por ele permaneceu com Gilberto Kassab, seu sucessor. O petista disse que a gestão enfrenta acusação de desvio de recursos da merenda escolar. “Desvio de dinheiro de merenda, merenda de criança! O governo federal pune, aqui é para debaixo do tapete.”

O tucano também reagiu à vinculação de sua candidatura a problemas da gestão do prefeito Gilberto Kassab, seu sucessor no cargo. Ele lembrou que o PT chegou a negociar o apoio do PSD, partido criado pelo prefeito. “O Kassab não apoiou o PT e virou o capeta”, disse, ainda listando aliados incômodos do PT, como o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), e o senador Fernando Collor (PTB-AL).

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Farpas – A primeira provocação entre os candidatos surgiu logo na segunda pergunta, quando o tucano questionou Haddad sobre suas propostas para as áreas verdes e os parques. Após a resposta do petista, Serra disparou: “Sabe uma coisa que tenho inveja de você? É a capacidade de não dizer nada”.

“O que você chama de parque é muito diferente do que eu chamo de parque. O que você chama de parque são praças, muitas vezes, mal cuidadas”, respondeu o candidato do PT.

Haddad citou a criação da taxa de inspeção veicular, alvo de ações do Ministério Público. O tucano reagiu lembrando que Haddad trabalhou na gestão da petista Marta Suplicy, sua antecessora no posto. “Você foi o guru da Marta na questão de taxas e ela ficou conhecida como ‘Martaxa'”, disse. Em outros instantes, o petista cutucou o tucano usando questões sociais: “Sei que você não liga para questões sociais, Serra”.

Ele também mencionou o caso envolvendo um ex-diretor do departamento de aprovação de edificações da prefeitura, acusado de desviar ter mais de cem imóveis em seu nome. “Ao longo de cinco anos, com salário de servidor, ele conseguiu passar para o seu nome a escritura de mais de cem imóveis.”

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Serra chegou a pedir direito de resposta, mas o pleito foi negado. A emissora argumentou que o direito de resposta só seria concedido em caso de ofensas pessoais.

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