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Em greve, PF faz operação-padrão em portos e aeroportos

Paralisação chega ao 3º dia com intensificação da checagem de documentos e malas - o que causa filas e atrasa voos. Emissão de passaporte segue suspensa

Por Marina Pinhoni
9 ago 2012, 12h40

A greve nacional dos policiais federais entra no terceiro dia nesta quinta-feira com a intensificação da checagem de documentos e bagagens de passageiros em portos e aeroportos de todo o país – a chamada operação-padrão. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) estima que chegue a 80% a adesão de agentes, escrivães e papiloscopistas à paralisação, de um total de 9.000 servidores. Apenas os serviços essenciais estão mantidos. De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais no estado do Paraná (Sinpef/PR), a operação-padrão no aeroporto internacional Afonso Pena, em Curitiba, foi iniciada às 6 horas da manhã desta quinta-feira e terminou por volta das 11 horas. Durante a fiscalização da PF, foram apreendidas 6.000 cápsulas de ecstasy com um passageiro que seguia para Belo Horizonte.

Embora a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tenha afirmado que o movimento no aeroporto era considerado normal, até as 11 horas da manhã foram registrados atrasos e cancelamentos em 77% dos voos. De 45 decolagens programadas até o horário, 24 tiveram atrasos e 11 foram canceladas.

No aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, a operação também começou pela manhã, mas até as 11 horas, dos 23 voos programados, havia apenas um cancelamento e nenhum atraso.

Em São Paulo, está marcada para as 16h30 o início da operação-padrão no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O procedimento pode causar filas e atrasos. Normalmente, a checagem é feita por amostragem somente em alguns voos. No porto de Santos, no litoral paulista, também acontecerá a operação nesta quinta-feira.

Segundo a Fenapef, durante a tarde, será realizado o procedimento nos aeroportos de Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro e Vitória. A emissão de passaportes continua suspensa, sendo feita apenas em casos de emergência como em situações de doença, morte de familiar ou viagens já programadas.

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Manifestações devem acontecer no Acre, Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí e Sergipe. A categoria reivindica a reestruturação da carreira, aumento salarial e a saída do diretor-geral da PF, Leandro Daiello.

No Rio de Janeiro, uma manifestação de entidades que representam os servidores públicos federais fechou por mais de uma hora a Avenida Rio Branco, no centro, no fim da manhã desta quinta-feira. A passeata, com cerca de 600 servidores, reivindicava melhores salários e condições de trabalho. Os servidores dizem que permanecerão acampados na Cinelândia até que o governo aceite negociar. Segundo a polícia militar, não há registro de confrontos nem outros problemas além do trânsito.

Governo – Acuado por parte do funcionalismo público em greve, o governo desencadeou uma operação para esvaziar o movimento, que se espalhou por vários estados, expôs um ministro do núcleo próximo da presidente Dilma Rousseff a vaias e levou o conflito para as portas do Palácio do Planalto.

Na quarta-feira, após um dia de manifestações pelo país, o governo sinalizou que vai atender a pelo menos parte das reivindicações. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que o governo ainda está finalizando as contas para ver que tipo de reajuste será possível apresentar aos servidores que estão em operação-padrão ou de braços cruzados.

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“Preferimos uma análise mais detida para apresentar uma proposta responsável aos servidores”, declarou a ministra, depois de repetir o discurso do governo sobre as dificuldades em consequência da crise econômica internacional. “Iniciamos o ano com uma perspectiva melhor do que ocorreria com a economia. Em maio, junho, o que se viu foi um cenário nublado, muito difícil, que fez com que o governo tivesse de refazer suas contas.”

Balanço – Também na quarta, os policiais federais se uniram, em Brasília, às manifestações dos outros servidores públicos em greve e foram recebidos pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, em reuniões separadas.

No Rio de Janeiro, a paralisação dos agentes da PF causou filas de passageiros nos guichês do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador. Na ponte Rio-Niterói, uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal , também em greve, complicou o trânsito nos dois sentidos a partir das 13h.

A travessia chegou a demorar uma hora e meia. Programada para se estender até às 16 horas, a manifestação terminou às 15 horas, depois que uma pessoa passou mal dentro de um dos veículos parados devido ao congestionamento.

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(Com Agência Estado)

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