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‘Lula e FHC são mais parecidos do que parece’, diz Serra

Tucano disse que ambos prometeram, mas não fizeram a reforma política. Serra ainda disse que, se chegar à presidência, será diferente: "vou peitar a reforma"

Por Agência Estado
16 jul 2010, 15h57

“Mas ambos são, embora de maneira diferente, meus amigos pessoais independentemente das diferenças em política”

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) “são mais parecidos do que parece”. A declaração ocorreu durante entrevista a Geraldo Freire, da Rádio Jornal, em Pernambuco. Serra fez a comparação ao afirmar que Lula e FHC prometeram, mas não fizeram a reforma política. Serra ainda disse que, se chegar à presidência, será diferente: “vou peitar a reforma”.

Indagado sobre as semelhanças entre Lula e FHC, foi subjetivo: “são questões de natureza pessoal e psicológica, mas carinhosa”. E complementou: “ambos são, embora de maneira diferente, meus amigos pessoais independentemente das diferenças em política”.

Sem culpar o presidente – dentro da sua estratégia de não bater no petista – lembrou que quando Lula assumiu, ele (Serra) o procurou e fez a proposta de reforma política. Segundo ele, Lula se mostrou receptivo, mas diante dos obstáculos surgidos “tem aquele deputado contra, tem isso, tem aquilo” – teria preferido “não arrumar encrenca”. Para Serra, o único jeito de diminuir a importância do dinheiro na eleição é mudar a maneira de eleger deputado. “Tem que mudar o sistema”, afirmou ao propor o voto distrital misto. “Se não der, vai lista partidária”.

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O candidato chegou hoje com 20 minutos de atraso à entrevista, que foi das 11h às 12h. Irreverente, Geraldo Freire reclamou do atraso no ar: “A impontualidade dele (Serra) me deixa mal com o pessoal (os ouvintes). Isso me arromba”.

Amigos – Na sua terceira visita a Pernambuco desde que deixou o governo de São Paulo para ser candidato, Serra fez um contraponto entre sua história e a de Lula. “Tem um presidente (Lula) que é pernambucano, mas cresceu em São Paulo”, afirmou para complementar: “tem eu, que nasci em São Paulo, mas cresci na política aqui, em Pernambuco, desde a época de estudante”. Ele lembrou ter votado em Lula em 1989, contra Collor e observou que não poderia ter votado em eleições seguintes porque Lula não era o candidato do seu partido.

O tucano prometeu ser “um presidente amigo de Pernambuco”. Mais cedo, em outra entrevista, esta por telefone, à Rádio Olinda, disse “Eu amo o povo de Pernambuco”.

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Da mesma maneira que buscou se mostrar próximo de Lula, Serra não poupou críticas à sua adversária, Dilma Rousseff. “A Dilma precisa começar a andar com as pernas dela, ela não vai ser nomeada pelo Lula e pelo PT”, comentou ao se referir à sua ausência dos debates. “No Brasil, quem for presidente vai ter que tomar decisões sozinho. Não existe terceirização de cargo de presidente”.

“O Brasil precisa continuar indo para frente. Tem coisa boa, tem. Então vamos ver quem pode continuar, quem pode corrigir o que não andou”. Para ele, Dilma “não está a fim de comparação, de debater, de expor suas ideias, de ouvir o contraditório, o que é importante para a população poder fazer seu juízo”.

Ele disse aceitar participar de debates em qualquer situação, embora tenha mostrado sua preferência pela não participação dos “partidos nanicos e de aluguel”, “que não tem representatividade e não leva a nada”. Elogiou, no entanto, o PSOL, “que tem ideologia”: “O Plínio Sampaio é um homem sério”. Também destacou a seriedade da candidata do PV, Marina Silva. Visitas às cidades de Caruaru e Gravata, no agreste, integram a agenda da visita de Serra a Pernambuco.

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