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Escondida, professora ‘pegou carona’ no avião presidencial

Piloto infiltrou amiga em voo que levou Dilma a Natal. Episódio abre crise no Gabinete de Segurança Institucional, responsável pela segurança da presidente

Por Da Redação
7 abr 2011, 08h20

Em sua viagem ao Rio Grande do Norte durante o feriado de Carnaval, a presidente Dilma Rousseff levou “de carona” no avião presidencial uma convidada cuja presença na aeronave não foi informada à equipe de segurança do Planalto. A descoberta da falha provocou uma crise no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), segundo a edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo.

A “carona” foi dada à professora de Educação Física Amanda Correa Patriarca, irmã de Angélica Patriarca, comissária na mesma aeronave, e amiga do coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior, comandante do voo. Foi justamente o coronel o responsável por infiltrar a amiga nos vôos de ida e volta de Natal.

Em entrevista concedida a uma rádio na manhã desta quinta, Amanda disse ainda que a autorização para o embarque partiu, além do comandante, de um brigadeiro, cujo nome não soube informar. Segundo ela, a autorização para o embarque veio um dia antes da viagem, por meio de um telefonema.

A professora disse que, como tinha espaço no avião, havia a possibilidade de ela viajar nesse voo, com autorização do comandante. Ela esclarece que viajou em um compartimento separado da presidente e de sua comitiva e não teve contato com ela. Também que, na capital do Rio Grande do Norte, não ficou no mesmo local que a presidente, tendo se hospedado em um hotel com a irmã e pago uma cama extra.

A presença de Amanda no voo só foi descoberta pela alta cúpula do Planalto, segundo o jornal, porque funcionários da base aérea de Brasília despacharam a mala da professora diretamente para o gabinete da presidente Dilma na volta da viagem. Eles ficaram irritados ao perceber a presença de uma pessoa não autorizada no avião presidencial e decidiram alardear a falha à cúpula do governo. Para que sua presença não fosse percebida, Amanda usou uma mala do Grupo de Transporte Especial (GTE), entregue a todos os passageiros.

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O fato abriu uma crise no GSI, já que foi considerado um risco às regras no aparato de segurança de Dilma e uma ousadia ao rigor militar. Na avaliação interna do Palácio do Planalto, a atitude do comandante do avião poderia colocar em xeque a autoridade de Dilma já que, teoricamente, somente ela teria a prerrogativa de convidar passageiros para seu voo. A assessoria do Planalto, oficialmente, disse, numa breve nota, que somente autoridades dos Três Poderes têm autorização para solicitar ao Grupo de Transporte Especial (GTE), comandado pelo coronel Lyra Júnior, a presença de passageiros. Ou seja, ele não poderia ter colocado uma amiga no voo presidencial.

Em nota, o GSI informou que não houve quebra nas normas de segurança do avião presidencial e todos os passageiros do vôo em questão foram previamente identificados e submetidos aos procedimentos usuais de segurança. Mas admitiu que houve um equívoco no processo de autorização de viagem da professora, que não fazia parte da comitiva da presidente.

(Com Agência Estado)

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