Eduardo Paes aceita receber líderes do protesto. Só falta saber quem são eles
Assessoria do prefeito informa que município ainda não foi oficialmente procurado. Prefeito está disposto a ouvir manifestantes, mas não sabe quem são seus representantes
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, informou, por meio da assessoria de imprensa do município, que está disposto a receber manifestantes e ouvir as reivindicações em relação à cidade. Paes, que participou pela manhã de um evento da Fifa sobre negócios do esporte, afirmou que, no entanto, até o momento não foi procurado por representantes de movimentos sociais, estudantes ou de qualquer entidade que atue nos protestos.
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Paes acabou assumindo involuntariamente uma das ‘caras’ do protesto. É o rosto do alcaide a imagem usada no Facebook, na página “Operação Pare o Aumento”. Pintado como o personagem Coringa, o arqui-inimigo do Batman, o prefeito aparece sempre nos cartazes que convocam novas manifestações. Uma das dificuldades de entender o protesto é justamente a falta de um interlocutor identificado como líder, informa a assessoria do prefeito.
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A pauta do protesto, que começou com uma revolta contra o aumento de passagens, recolhe pelo caminho novas causas. Os bombeiros que fizeram greves no Rio e em outras cidades em 2011 e 2012, como publicou o site de VEJA, estão prontos para aderir. Na noite desta segunda-feira, entrou de carona também o bonde de Santa Teresa, que está paralisado para reformas, depois de um trágico acidente – os manifestantes querem a volta da circulação do transporte.
Outras reinvindicações são bastante amplas: reforma tributária e “do Legislativo”. Na tarde de domingo, nos arredores do Maracanã, o protesto teve foco em gastos com grandes eventos esportivos.
A partir de hoje, o protesto abarcou também a PEC37 – que limita os poderes de investigação do Ministério Público – e pediu, de forma genérica, melhorias na saúde e na educação.
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