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CPI do Cachoeira prorroga os trabalhos

Extensão do prazo ainda não foi definida; parlamentares temem que trabalhos, que terminariam no dia 4, sejam contaminados por motivos eleitorais

Por Tai Nalon, de Brasília
16 out 2012, 18h45

Os integrantes da CPI que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira no Congresso decidiram nesta terça-feira prorrogar os trabalhos da comissão, mas não definiram um novo prazo. Ao mesmo tempo, anunciaram que vão adiar as atividades da comissão por mais duas semanas. Só depois desse novo recesso é que eles devem decidir por quanto tempo os trabalhos podem ser prorrogados. Originalmente, a comissão deveria encerrar as investigações no dia 4 de novembro.

Em acordo referendado durante reunião de líderes, os integrantes da comissão justificaram o novo recesso pelos mesmos motivos que levaram os parlamentares a paralisarem a CPI no mês passado: o temor de contaminar o debate eleitoral e as investigações com interesses partidários.

A decisão vem após PT e PMDB defenderem nos bastidores a prorrogação das atividades por mais 30 ou 45 dias – tempo suficiente para conciliar interesses de base e oposição. Receosos de provocarem uma guerra interna de requerimentos às vésperas do segundo turno, os partidos propuseram, em vez disso, retomar as conversas no próximo dia 30, a cinco dias do prazo oficial de entrega do relatório final e dois depois da realização do segundo turno das eleições municipais.

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“Até o dia 4, fica com o fato determinado (a prorrogação, mesmo que indefinida). Depois do dia 30, vamos definir como ficará a comissão”, disse o presidente da comissão, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Ficará a cargo dos líderes de bancada angariar, em quatro dias, as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores para a extensão dos trabalhos.

Pouco mais de cinco meses após a instalação da CPI, a comissão limitou-se até agora a investigar somente o braço goiano da organização criminosa chefiada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. Acumulou, nesse período, mais de 500 requerimentos a serem votados e não atacou suspeitas que rondavam governadores da base. Com a prorrogação, a oposição tentará retirar o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), da lista de indiciados. Na avaliação de PT e PMDB, em contrapartida, 30 ou 45 dias não põem o controle das investigações a perigo.

Para conseguir estender a CPI de maneira consensual, o governo voltará a oferecer à oposição após as eleições pelo menos mais 30 dias de trabalho. Porém, diante das investidas de congressistas que, na semana passada, iniciaram coleta de assinaturas em que pleiteiam mais 180 dias de atividades, trabalham agora com o prazo máximo de 60 dias. “O mais provável é que fechemos o ano com a CPI encerrada”, disse Vital.

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