Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cabral exonera Comandante Geral do Corpo de Bombeiros

Governador chamou os participantes do motim de 'vândalos' e 'irresponsáveis'

Por Da Redação
4 jun 2011, 14h43

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, chamou de “vândalos e irresponsáveis” os bombeiros que invadiram neste sábado o quartel central da corporação, que, segundo ele, agiram por motivação política. Cabral decidiu exonerar o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Pedro Machado, por causa da crise e colocar em seu lugar o coronel Sérgio Simões, que estava atualmente na Secretaria de Defesa Civil do município.

Muito exaltado, o governador, que se reuniu durante toda a manhã com secretários e representantes da polícia e dos bombeiros, disse que foi uma covardia dos amotinados levar mulheres e crianças ao quartel. Ele afirmou que não há motivo para a manifestação, uma vez que, ao contrário do que alegam os insurgentes, o salário dos bombeiros não é o pior do Brasil. “Mesmo que fosse, não justificaria a entrada no quartel de maneira irresponsável, intolerável e abominável”.

Para o governador, o movimento esconde uma motivação política. “Eles jamais poderiam se deixar seduzir pelo discurso fácil, messiânico, fundamentalista, que mistura Bíblia e política”, afirmou. “São políticos que já passaram quatro, oito anos no governo e não fizeram um quinto do que nós fizemos”. Cabral afirmou que os 439 presos vão responder administrativa e criminalmente pela invasão.

Invasão – O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar invadiu neste sábado, por volta das 6 horas, o quartel geral dos bombeiros, no centro do Rio, para reprimir o protesto de 1.000 bombeiros que ocupavam, desde a noite passada, a unidade. Com o uso de explosivos, os homens do Bope botaram abaixo o portão dos fundos do quartel e entraram detonando bombas de gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral. Houve muito tumulto e rajadas de tiros.

Os bombeiros tomaram o quartel geral da corporação para reivindicar aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho. O grupo decidiu entrar em greve de fome depois que foi levado para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica. De acordo com o governador Sérgio Cabral, todos vão responder a processos criminais e administrativos. É possível que sejam demitidos da corporação.

Continua após a publicidade

Feridos – Mulheres e crianças que acompanhavam a manifestação ficaram feridas depois da invasão do Bope. Pelo menos cinco meninos foram levados para o Hospital Souza Aguiar, vizinho ao quartel ocupado, atordoados com as bombas. Eles foram atendidos e liberados. Uma mulher identificada Cléa Borges Menegueli, de 27 anos, casada com um salva-vidas de Rio das Ostras, estava grávida e sofreu um aborto durante o confronto. Ela foi levada para o Hospital dos Bombeiros.

Apesar de haver bombeiros armados no local, os manifestantes não resistiram à ação da PM. Além do Bope, também participaram da operação o Batalhão de Choque, o Regimento de Cavalaria e a Companhia de Cães. Deputados estaduais e integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) afirmaram que a ação da PM foi truculenta e exagerada.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.