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Alckmin faz defesa de Serra e Fernando Henrique

Governador prometeu cobrar de Dilma Rousseff benefícios para SP

Por Carolina Freitas
1 jan 2011, 15h26

“O brilho da sua inteligência, a consistência do seu pensamento e sua enorme capacidade de trabalho fizeram de Serra uma grande liderança nacional”, Geraldo Alckmin

Em seu primeiro discurso após tomar posse como governador de São Paulo, Geraldo Alckmin marcou seu espaço como líder da oposição, enfraquecida depois da derrota nas eleições presidenciais. Alckmin partiu em defesa de dois grandes nomes do PSDB: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra. Os caciques assistiram à transmissão de cargo no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, sentados lado a lado na primeira fileira. Uma imagem de união.

Foi mantida a promessa de colaboração com o governo federal expressa na Carta de Maceio, assinada há poucos dias pelos governadores tucanos. Diante de um público de 2.500 pessoas, porém, Alckmin fez ponderações. “São Paulo é a síntese do trabalho em favor do Brasil e esse será o espírito e o fio condutor do meu governo. Vamos ter com a presidente Dilma a melhor das relações. Vamos colaborar para que o país cresça e ocupe seu devido lugar”, disse. “Mas sem esquecer de reivindicar tudo o que São Paulo precisa do governo federal, lutando por aquilo que é direito do povo paulista.”

As homenagens a Serra e a Fernando Henrique animaram a plateia, que respondeu com longos aplausos e gritos de felicitação. Alckmin disse que falaria sobre Serra “por merecimento” e destacou os feitos do colega no Palácio dos Bandeirantes, de 2006 até o início de 2010, quando deixou o cargo para disputar a Presidência da República.

“O brilho da sua inteligência, a consistência do seu pensamento, sua criatividade e enorme capacidade de trabalho, além do compromisso com a ética, fizeram de Serra uma grande liderança nacional”, disse Alckmin. Sob aplausos, Serra foi aconselhado por Fernando Henrique – que o cochichou no ouvido – a se levantar e acenar para o público. Seguiu a orientação. E as palmas se intensificaram.

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Em seguida, foi a vez de saudar FHC. Alckmin relembrou o trabalho do ex-presidente na área econômica e social, com o controle da inflação e as reformas na saúde e na educação. “Nunca é demais ressaltar os méritos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Permitam-me. Vamos deixar a modéstia de lado. O presidente Fernando Henrique mudou o Brasil.” Seguiram-se aplausos. Fernando Henrique levantou para acenar à plateia e foi surpreendido por um forte abraço de José Serra.

Alckmin prometeu manter o estilo tucano de governar. Políticos do PSDB estão à frente do estado há 16 anos. Alckmin já chefiou o Palácio dos Bandeirantes por três vezes – em 2001 substituiu Mario Covas e em 2002 e 2010 foi eleito governador. “Não sairemos do rumo, pelo bem do Brasil, unidos com o governo federal, com os demais estados e com os municípios paulistas’, afirmou.

Reclamação – Alberto Goldman, que transmitiu hoje o cargo para Alckmin, criticou o governo federal em seu discurso de despedida. “Nunca tivemos qualquer dificuldade em obter o aval aos empréstimos externos ou outros financiamentos do BNDES e da Caixa Econômica Federal”, afirmou. “Faltou isso sim a participação através do Orçamento-Geral da União, isso é, recursos a fundo perdido para São Paulo.”

Goldman despediu-se do Palácio dos Bandeirantes ao entregar para Alckmin o Pavilhão do Governador, uma bandeira com as cores e o brasão do estado. Alckmin e a primeira-dama Lu acompanharam o ex-governador e sua mulher, Deuzeni, até a saída do palácio. Deuzeni entregou a Lu um buquê de flores brancas.

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