Alckmin anuncia obras contra enchente, mas não descarta novos alagamentos
Governador de SP promete concentrar obras contra enchetes nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou na manhã desta sexta-feira um conjunto de obras para prevenir enchentes na região metropolitana da capital paulista. No entanto, admitiu que as medidas não devem impedir problemas na nova temporada de chuvas, prevista para o próximo mês de setembro. “O que podemos dizer é que a capacidade do rio Tietê será ampliada”, disse o tucano. Questionado sobre a eficácia das obras, afirmou que não há uma só solução. “É um conjunto de medidas que vai minimizar qualquer problema futuro. Se as chuvas não forem tão intensas, certamente o rio vai ficar na calha”, acrescentou Alckmin.
De acordo com o governador, o Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou nesta sexta-feira os projetos de leilão para o desassoreamento dos rios Tietê e Pinheiros. Além disso, Alckmin também anunciou a construção de cinco novos piscinões na Grande São Paulo: dois em Guarulhos; um na Vila Prudente, na zona leste da capital paulista; um em São Bernardo do Campo, no ABC; e um em Mauá, para receber as águas do rio Miranda da Vis, afluente do Tamanduateí.
Obras em andamento – O tucano afirmou ainda que o piscinão de Taboão da Serra será entregue em novembro, mas que o de Jaboticabal, localizado na divisa entre São Paulo e São Caetano do Sul, ainda precisa da autorização da Caixa Econômica Federal para ser licitado, pois a obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Alckmin explica que este será o maior piscinão de São Paulo, com capacidade para 900.000 m3.
De acordo com os anúncios, o estado de São Paulo ainda vai construir quatro diques na marginal do Tietê. O governador não informou nem o prazo nem o custo dessas obras, mas acredita que os diques serão concluídos antes da próxima temporada de chuvas. Já os piscinões devem ser concluídos daqui a dois ou três anos.
Promessas – A dificuldade em resolver os problemas causados pela chuva em São Paulo já estava clara desde janeiro, quando as primeiras enchentes do ano começavam a acontecer. Na época, Alckmin se reuniu com o prefeito paulista, Gilberto Kassab (DEM), e afirmou que não era possível fazer obra em 24 horas. Os dois governantes anunciaram investimentos de 800 milhões de reais em obras contra enchentes, mas o problema era o prazo: o dinheiro será gasto ao longo dos próximos quatro anos. Ou seja, terão pouco efeito para as chuvas que ainda devem castigar o estado em 2011.
(Com Agência Estado)