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Air France é indiciada por tragédia com Airbus A330

Acidente com o voo 447 matou 228 pessoas – 58 brasileiros – em junho de 2009

Por Da Redação
18 mar 2011, 09h45

A companhia aérea Air France foi indiciada nesta sexta-feira por homicídio culposo no processo aberto pela Justiça francesa para investigar o acidente com o Airbus A330, ocorrido em junho de 2009. O voo 447 da Air France caiu Oceano Atlântico quatro horas depois de decolar do Rio em direção a Paris, partindo-se em centenas de pedaços sem deixar sobreviventes.

A tragédia matou 228 pessoas, incluindo 58 brasileiros. Quase dois anos após o acidente, as caixas-pretas da aeronave ainda não foram resgatadas – o que dificulta a busca por explicações para a queda. Acredita-se que, durante uma turbulência violenta, numa nuvem de tempestade, a tripulação tenha ficado sem informações vitais sobre a velocidade do avião. Sem os dados da caixa-preta, é impossível para os técnicos que investigam a queda do Airbus da Air France obter informações cruciais como a velocidade, a altitude e a localização da aeronave no momento do acidente e nos minutos anteriores a ele.

Uma das poucas certezas que se tem sobre a sucessão de eventos que levou à queda do é que os pilotos receberam informações desencontradas sobre a velocidade do avião minutos antes do acidente. Isso pode ter acontecido por congelamento dos pitots, os sensores de velocidade colocados na parte externa da aeronave. Os especialistas consideram particularmente “tardia demais e ineficaz” a reação da Air France aos primeiros alertas sobre a confiabilidade das sondas pitot.

Airbus – Nesta quinta-feira, a fabricante europeia de aviões Airbus tornou-se a primeira empresa indiciada pelo acidente, também por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. O presidente da Airbus, o alemão Thomas Enders, criticou a decisão. “Continuaremos, apesar disso, a cooperar com a investigação e com a próxima fase de buscas das caixas-pretas”, assegurou.

Novas operações de busca pelos destroços do Airbus no mar devem ser iniciadas nos próximos dias em uma nova zona de 10 000 quilômetros quadrados. Esta será a quarta fase de busca pela aeronave acidentada e por suas caixas-pretas, que poderá durar até julho. Essa etapa será dividida em três fases de 36 dias cada uma.

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No atual estágio das buscas e com os dados técnicos obtidos, o Bureau de Investigações e Análises (BEA), encarregado das análises técnicas, considera que a falha das sondas de velocidade pitot é um dos elementos que explicam o acidente, mas não pode ser por si só a causa da catástrofe.

ObjetivoEm entrevista exclusiva ao site de VEJA, em Paris, o presidente mundial do grupo Air France-KLM, Pierre-Henri Gourgeon, afirmou que a companhia aerea está determinada a se tornar a mais segura do mundo. Ele afirmou que a empresa é a ‘primeira interessada’ em descobrir as causas do acidente e que está, sem nenhum pudor, empenhada em copiar as melhores práticas de segurança de suas concorrentes globais.

(com agência France-Presse)

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