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Airbus é a 1ª empresa indiciada pelo acidente do voo 447

O presidente da companhia europeia, Thomas Enders, afirmou que a decisão foi prematura. Air France será, possivelmente, a próxima a ser indiciada

Por Da Redação
17 mar 2011, 20h19

A fabricante europeia de aviões Airbus foi a primeira a ser indiciada pela Justiça francesa nesta quinta-feira por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – na investigação sobre o acidente ocorrido em junho de 2009 com o vôo 447 da Air France. Na ocasião, 228 pessoas morreram com a queda no Oceano Atlântico de uma aeronave A330, que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris.

O presidente da Airbus, o alemão Thomas Enders, foi nesta quinta ao gabinete da juíza francesa encarregada da investigação, Sylvie Zimmerman, para ser notificado da acusação contra a companhia como pessoa jurídica. “Desaprovamos firmemente a decisão, que consideramos prematura”, disse Enders após a convocação. “Continuaremos, apesar disso, a cooperar com a investigação e com a próxima fase de buscas das caixas-pretas”, assegurou.

Nenhuma acusação havia sido pronunciada na investigação do acidente com o Airbus A330, que caiu no Atlântico, próximo à costa brasileira. A juíza também convocará nesta sexta-feira a Air France, ao que tudo indica, para um indiciamento pela mesma acusação: homicídio culposo. Até o momento, apenas 3% do avião e 50 corpos foram resgatados.

“Não sabemos sobre o que este indiciamento da Airbus está fundado. O juiz não indicou as acusações contra a Airbus, o que é lamentável”, declarou o advogado da Airbus, Simon Ndiaye. “Este indiciamento não é justificado por nenhum fato preciso. Acho que teria sido mais judicioso continuar a investigação, recolher elementos e, depois, em função do que for descoberto, tomar uma decisão”, acrescentou.

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“É uma nova fase contraditória que se abre com este indiciamento”, declarou à AFP um dos dirigentes da associação das vítimas Ajuda Mútua e Solidariedade AF447, Jean-Baptiste Audousset.

Novas operações de busca pelos destroços do Airbus no mar devem ser iniciadas nos próximos dias em uma nova zona de 10 000 quilômetros quadrados. Esta será a quarta fase de busca pela aeronave acidentada e por suas caixas-pretas, que poderá durar até julho. Essa etapa será dividida em três fases de 36 dias cada uma.

No atual estágio das buscas e com os dados técnicos obtidos, o Bureau de Investigações e Análises (BEA), encarregado das análises técnicas, considera que a falha das sondas de velocidade pitot é um dos elementos que explicam o acidente, mas não pode ser por si só a causa da catástrofe.

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Os especialistas consideram particularmente “tardia demais e ineficaz” a reação da Air France aos primeiros alertas sobre a confiabilidade das sondas pitot, que servem para medir a velocidade do avião.

A Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA) também se disse preparada para prestar esclarecimentos neste caso. As partes civis queixam-se de que a agência não soou o alarme sobre o gelo encontrado nas sondas pitot em voos anteriores ao da catástrofe.

(com AFP)

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