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Em resposta aos protestos, governo sírio promete reformas

Dezenas de manifestantes morreram nesta quinta em um conflito com a polícia

Por Da Redação
24 mar 2011, 17h59

As autoridades da Síria se dispuseram a adotar “importantes medidas” para satisfazer às exigências da população, em meio aos violentos incidentes ocorridos durante os protestos políticos na cidade de Deraa, informaram nesta quarta-feira meios de comunicação árabes. A televisão estatal síria informou que a conselheira da presidência, Bouthaina Shaaban, dará uma entrevista coletiva nas próximas horas para divulgar estas medidas.

Bouthaina anunciou previamente que “serão adotadas importantes resoluções para satisfazer às reivindicações do povo”, segundo a televisão Al Arabiya. “Os dirigentes sírios trabalham dia e noite para assumir resoluções, cujos resultados positivos aparecerão nas próximas semanas”, acrescentou. Quanto às informações publicadas por diversos meios de comunicação sobre a violenta repressão dos protestos, ela denunciou que há “uma campanha de informação internacional contra a Síria”.

A Síria vive desde 1963 sob a lei de emergência, que impede a convocação de manifestações públicas, mas nos últimos dias foram registradas concentrações em vários pontos do país. O governo do presidente sírio Bashar al-Assad informou que pode encerrar o estado de emergência, após uma semana de protestos na cidade de Deraa.

“Estou feliz em anunciar a vocês as decisões feitas hoje pelo partido Baath, sob os auspícios do presidente Bashar al-Assad, que incluem o estudo da possibilidade de encerrar o estado de emergência e o licenciamento de partidos políticos”, disse Bouthaina Shaaban. Segundo ela, as exigências do povo sírio são “justas”.

Luto Cerca de 20.000 pessoas participaram dos funerais das mais de 100 vítimas pelas forças de segurança. Os manifestantes saíram da mesquita Al Omari em direção ao cemitério, gritando slogans em homenagem às vítimas de quarta. “Há certamente mais de 100 mortos, e a cidade precisa de uma semana para enterrá-los”, afirmou Auman al Asuad, ativista dos direitos humanos sírio.

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As forças de segurança prenderam centenas de pessoas em Deraa, epicentro do nascente movimento de protesto contra o regime do Partido Baath, submetido à violenta repressão da polícia há vários dias. “A quantidade de pessoas presas é enorme”, indicou al Asuad.

Uma moradora de Deraa declarou à emissora Al Arabiya que a região amanheceu “desolada, como uma cidade fantasma, com suas ruas vazias, escolas fechadas e os acessos bloqueados pelas forças de segurança”. Segundo testemunhas citadas pelo site opositor ao regime sírio Akhbar el Sharq era possível ouvir barulho de tiros na cidade.

(Com agências EFE, Reuters e France-Presse)

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