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AI denuncia tortura de presos suspeitos de “devassidão” no Egito

Homens detidos em show de rock no Cairo serão submetidos a exame para determinar se tiveram sexo homossexual, diz Anistia Internacional

Por Da redação
Atualizado em 30 set 2017, 16h49 - Publicado em 30 set 2017, 16h17

Seis homens egípcios presos por “promover desvios sexuais” e “devassidão” nas redes sociais serão submetidos a exame anal antes do julgamento em 1º de outubro, informou neste sábado a Anistia Internacional (AI), que considera a medida como “tortura”. O caso é visto como parte de uma campanha de repressão das autoridades do Egito contra a comunidade LGBT no país, que ganhou repercussão quando, na semana passada, uma bandeira de arco-íris foi levantada em um show.

Segundo a Anistia Internacional, ao menos 11 pessoas foram detidas no Cairo na apresentação da banda libanesa de rock alternativo Mashrou’ Leila, cujo vocalista é abertamente gay. Os homens detidos pelas autoridades – um dos quais já foi sentenciado a seis anos de prisão – serão submetidos a exame anal para determinar se tiveram sexo homossexual, seguindo decisão da Promotoria Pública.

Para a Anistia Internacional, os exames violam a proibição de tortura e outros maus tratos segundo a lei internacional. “O fato de o Ministério Público do Egito priorizar a caça de pessoas com base em sua aparente orientação sexual é absolutamente deplorável. Esses homens devem ser libertados imediatamente e incondicionalmente, não colocados em julgamento”, disse Najia Bounaim, diretora de Campanhas para o Norte da África na organização.

A homossexualidade não é considerada crime no Egito. Contudo, homens gays são frequentemente presos e normalmente acusados de devassidão, imoralidade e blasfêmia no país, cuja população é majoritariamente muçulmana e conservadora. O caso de maior repercussão no país contra a comunidade LGBT ocorreu em maio de 2001, em um incidente que ficou conhecido como Cairo 52. Na situação, a polícia invadiu uma boate flutuante chamada Queen Boat e 52 homens foram julgados pelas autoridades egípcias.

(Com Reuters) 

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