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Preços de casas nos EUA dão sinais de estabilidade

Por Da Redação
24 abr 2012, 15h17

Por Leah Schnurr

NOVA YORK, 24 Abr (Reuters) – O mercado imobiliário norte-americano vê indícios de estabilização, com os preços das moradias subindo em fevereiro pela primeira vez em 10 meses, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, enquanto um indicador da confiança do consumidor sofreu no mês passado uma queda maior do que a esperada.

O índice composto S&P/Case-Shiller de 20 regiões metropolitanas nos Estados Unidos registrou alta de 0,2 por cento em fevereiro em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, em linha com a previsão dos analistas.

Foi a primeira vez que os preços subiram desde abril de 2011. O avanço foi uma anomalia em uma série de declínios cujo início remonta a maio de 2010.

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Ainda assim, o relatório ficou longe de sugerir que acabaram os problemas no combalido setor. Os preços médios de moradia no país voltaram aos níveis do fim de 2002, informou o relatório, com o índice das 20 cidades não ajustado sazonalmente caindo 0,8 por cento, para 134,20, o nível mais baixo desde outubro de 2002.

“Mesmo com os dados de hoje, a perspectiva geral para os preços das casas é no máximo de estabilidade ao longo do ano, afirmou o economista-chefe de EUA da RBC Capital Markets em Nova York, Tom Porcelli.

“E até que tenhamos obtido progresso no desequilíbrio de oferta e demanda, ainda é um desafio conseguir qualquer impulso aqui”, completou.

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Robert Shiller, um dos criadores do índice de preços de casas, disse que o mercado imobiliário deve continuar fraco e que pode demorar uma geração ou mais para se recuperar.

“Preocupa-me que possamos não ver uma virada realmente importante em nossas vidas”, disse Shiller à Reuters Insider. Ele considerou que os dados do dia sobre preços de moradias formaram um conjunto misto.

Dados da Conference Board mostraram nesta terça-feira que a confiança do consumidor nos EUA recuou em abril, para 69,2, ante o dado revisado para baixo de 69,5 em março. Economistas esperavam leitura de 69,7, de acordo com pesquisa da Reuters.

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As expectativas para os preços nos próximos 12 meses caíram para 5,8 por cento, ante 6,2 por cento. A expectativa de inflação para março originalmente reportada era de 6,3, o maior nível desde maio de 2010.

Dados oficiais distintos mostraram ainda que as vendas de novas moradias para uma única família nos Estados Unidos caíram em março para seu menor nível em quatro meses.

O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira que as vendas caíram 7,1 por cento, para uma taxa anual ajustada à sazonalidade de 328 mil unidades.

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O dado de fevereiro foi revisado para cima, para 353 mil unidades, o ritmo mais rápido desde novembro de 2009, de 313 mil informadas inicialmente. As vendas de dezembro e janeiro também foram revisadas para cima.

“As condições na habitação ainda são extremamente frágeis, mas existem alguns sinais sutis, menos negativos, sugerindo estabilização”, afirmou o economista da 4Cast Ltd em New York Sean Incremona.

Seis anos depois de os preços de imóveis começarem a ruir, o mercado continua sendo uma pedra no sapato da economia dos EUA. Economistas dizem que uma recuperação significativa no setor ainda está longe, e que mostrará uma disparidade regional, com algumas áreas melhorando mais rapidamente do que outras.

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O mercado imobiliário também tem sido motivo de preocupação para o Federal Reserve (banco central norte-americano). O Fed inicia sua reunião de dois dias nesta terça-feira, e investidores ficarão atentos a qualquer sinal de novo estímulo para a economia.

O banco central divulga seu comunicado na quarta-feira. O Fed mantém a taxa básica de juros próximas a zero desde o fim de 2008 e disse que deve mantê-las em níveis superbaixos pelos menos até o fim de 2014.

A autoridade monetária comprou mais de 2 trilhões de dólares em títulos de longo prazo como parte de seus esforços para impulsionar a recuperação da economia.

(Reportagem adicional de Jason Lange em Washington, e de Julie Haviv e Steven C. Johnson em Nova York)

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