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Executivos introvertidos costumam se sair melhor que ‘estrelas’

Pesquisa americana afirma que CEOs mais reservados trazem, em média, melhores retornos para suas empresas que gestores contratados com estardalhaço

Por Da redação
Atualizado em 6 ago 2016, 15h45 - Publicado em 6 ago 2016, 15h19

As empresas chefiadas por executivos introvertidos tendem a apresentar desempenho superior que aquelas em que os chefes são mais extrovertidos, de acordo com um estudo do Escritório Americano de Pesquisa Econômica (ou NBER, na sigla em inglês), principal entidade privada de estatísticas econômicas dos Estados Unidos.

Os autores, das universidade de Chicago, Harvard e Stanford, levaram em consideração cinco traços de personalidade identificadas por meio de análises neurolinguísticas. Os pesquisadores ouviram teleconferências dos executivos para classificar 4.591 CEOs (sigla em inglês para principal executivo) de empresas de capital aberto americanas.

Harmonia social, consciência, extroversão, neurose (o oposto à estabilidade emocional) e abertura à experiência formam o famoso Big Five, um conjunto de características utilizadas há décadas por psicólogos e que mostram como uma pessoa trabalha e interage com os colegas. Esses traços podem ajudar a prever contornos gerais sobre o futuro do profissional.

Os pesquisadores descobriram que as empresas cujos líderes tiveram as maiores pontuações no quesito “abertura a novas experiências” gastaram 10% a mais em pesquisa e desenvolvimento em comparação com a média de outros CEOs.

As empresas cujos líderes são extrovertidos registraram 2% a menos de retorno sobre seus ativos. E o inverso também se mostrou verdade: CEOs introvertidos trouxeram bons resultados para suas empresas.

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Uma possível explicação para a relação entre extroversão e menor retorno são empresas que contrataram grandes personalidades como líderes. Mas os resultados mostram que quando uma companhia procura contratar um CEO carismático, ela tende a se desapontar.

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Steven Kaplan, professor e um dos autores do estudo, cita como exemplo a gestão de Carly Fiorina à frente da Hewlett-Packard, Rob Johnson, na J. C. Penney, e Bob Nardelli, na Home Depot, como executivos extrovertidos. Eles foram contratados com estardalhaço, mas seus resultados não fizeram jus às expectativas do mercado e da própria companhia. Apesar de não ter sido citada no estudo, um exemplo de executiva contratada com muito espalhafato foi Marissa Mayer, do Yahoo. Ela chegou à empresa sob a expectativa de que a reergueria e a colocaria de volta aos trilhos, mas o Yahoo acumulou resultados ruins e acabou vendido à Verizon.

Kaplan afirma que a pesquisa pode servir como aviso para os conselhos de administração das empresas que se sentem atraídos por “CEOs-celebridade”. “Tenha cuidado ao contratar uma pessoa extrovertida. Além de sua personalidade, verifique se ela tem reputação por concluir suas tarefas”, disse o professor.

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