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Em mais um dia de alta, dólar vai a R$ 3,57

Na quarta-feira, a moeda americana fechou o dia valendo quase 3,49 reais, o maior valor em doze anos; só nos últimos cinco pregões, a divisa já acumula alta de 4,8%

Por Da Redação
6 ago 2015, 10h35

O dólar segue em trajetória de alta nesta quinta-feira pelo dia seguido. Logo no início do pregão, a moeda saltou de 3,48 para 3,53 reais e, na máxima do dia, a divisa atingiu 3,57 reais, maior patamar intradia desde 5 de março de 2003, quando foi a 3,58 reais. Às 13h11,o dólar avançava 1,84%, a 3,55 reais na venda. Nesta quinta-feira, o dólar encerrou o dia beirando os 3,49 reais, o valor mais alto alcançado desde 10 de março de 2003. Nas últimas cinco sessões, a divisa já acumula aumento de 4,8%.

Os agentes econômicos reagem hoje ao aprofundamento da crise política, com a saída do PDT e do PTB da base aliada e a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, a presidente bateu o recorde histórico de reprovação, com 71% dos brasileiros avaliando a sua gestão como ruim e péssima. Sem o apoio no Congresso e o respaldo da população, a presidente tem tido dificuldades de emplacar no Legislativo medidas para frear os gastos públicos e promover o ajuste fiscal.

Na noite desta quinta-feira, por exemplo, foi aprovado o primeiro item da chamada “pauta-bomba”, a PEC 443 que reajusta o salário dos servidores da Advocacia-Geral da União e prevê um gasto extra de 2,4 bilhões de reais ao Planalto. A aprovação da medida, que contou com o apoio até de deputados petistas, foi considerada uma derrota para o governo da presidente Dilma.

“Com o dólar do jeito que está, é preciso que haja uma notícia muito forte para o mercado parar de subir”, avaliou o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Também no radar está a possibilidade de votação das contas públicas de 1992, 2002, 2006 e 2008 no plenário da Câmara, deixando o caminho aberto para a votação da prestação da presidente referente a 2014. A oposição já discute usar a eventual rejeição das contas para embasar um pedido de impeachment contra Dilma no Congresso. Segundo os agentes econômicos, o mercado já embute alguma chance de o afastamento da presidente se concretizar.

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“Eles (Congresso) estão atropelando a Dilma”, disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. “Enquanto a situação estiver confusa como agora, o dólar não vai parar de subir”.

Somado a isso ainda permanece forte a expectativa de que os Estados Unidos aumentará os juros em breve. Este seria o primeiro reajuste na taxa, que está próxima de zero, desde 2008, tornando as ações americanas mais atrativas para o mercado financeiro. Com isso, cresce o receio de que investidores retirem aplicações em empresas de outros países, como Brasil, por exemplo, para colocar em companhias americanas.

“O cenário interno é o que está chamando atenção agora, mas no médio prazo, independentemente do que acontecer aqui, o dólar vai subir”, afirmou o operador de uma corretora internacional.

Os investidores também digerem as informações da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada nesta quinta-feira. No texto, a instituição afirma que a taxa básica de juros (a Selic) permanecerá no patamar de 14,25%, o maior em nove anos, por um tempo “suficientemente prolongado”. O intuito do BC é que, com os juros elevados, a inflação seja empurrada para o centro da meta – fixada em até 6,5% – no próximo ano. Para 2015, a entidade já prevê uma inflação de 9%.

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(Da redação)

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