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CNI reduz crescimento do PIB por cenário externo

Por Da Redação
11 out 2011, 12h18

Por Tiago Pariz

BRASÍLIA, 11 de outubro (Reuters) – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, devido às turbulências do cenário externo e a menores investimentos.

A estimativa caiu para 3,4 por cento, contra um crescimento de 3,8 por cento avaliado em julho. “O PIB deverá crescer a uma taxa média mais baixa do que no período pré-crise. O desempenho do setor industrial ficará abaixo do PIB, em especial a indústria de transformação”, afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

A CNI entende que a indústria será o setor mais afetado com o menor crescimento deste ano. A confederação aposta que o PIB industrial terá incremento de 2,2 por cento, um ponto menor do que a previsão anterior.

Na avaliação de Castelo Branco, o desempenho do comércio exterior não contribui para a expansão da indústria. Ele entende que a demanda doméstica é absorvida por produtos estrangeiros.

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“O vigor da demanda doméstica está sendo direcionado par ao mercado internacional”, sustentou. A CNI projeta que as exportações contribuirão com 0,7 ponto percentual para o crescimento do PIB, enquanto as importações terão impacto negativo de 1,3 ponto.

O menor crescimento da economia também virá acompanhado de uma taxa de inflação maior. A estimativa é que os preços medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentem em 6,5 por cento neste ano, batendo no teto da meta estabelecida pelo Banco Central. “Há uma certa desaceleração dos preços dos alimentos, mas nao é suficiente para afastar o risco de a inflação estourar o limite superior da meta”, disse Castelo Branco.

A CNI acredita que haverá pressões inflacionárias no início de 2012 que representarão obstáculos para o governo conseguir trazer os preços para a meta também naquele ano. “Será um desafio para a política econômica manter na meta a inflação com as pressões iniciais, sobretudo do aumento do salário mínimo.” No projeto de lei do Orçamento 2012, o mínimo está projetado para 619,21 reais, aumento de 74,21 reais em relação ao atual valor de 545 reais.

A meta perseguida pelo governo em 2011 e 2012 tem centro em 4,5 por cento e tolerância de 2 pontos para cima ou para baixo.

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A CNI aposta que a autoridade monetária seguirá com os cortes na taxa básica de juros, em mais um ponto percentual, fechando o ano em 11 por cento.

O superávit primário foi elevado de 2,7 por cento para 3 por cento do PIB, em consonância com as estimativas do governo. A CNI aposta ainda que a relação entre a dívida pública líquida e o PIB ficará em 39,2 por cento, queda de 0,3 ponto na comparação com a projeção anteiro feita em julho deste ano.

A CNI aposta que a taxa de câmbio ficará em 1,75 real em dezembro, contra 1,56 real na projeção feita em julho. “O cenário cambial não está definido. Houve oscilações intensas e a volatilidade continua intensa”, afirmou o gerente da CNI.

(Edição de Vanessa Stelzer)

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