Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A verdadeira voz dos dinossauros

Segundo novo estudo, a “voz” dos dinossauros não era um rugido e devia estar mais próxima dos sons emitidos por pombas e avestruzes

Por Da redação
Atualizado em 13 jul 2016, 13h48 - Publicado em 12 jul 2016, 19h20

Ao contrário do que os filmes mostram, os dinossauros, mesmo os mais assustadores como o T. rex, provavelmente jamais rugiram. O mais provável é que emitissem sons como o das pombas, rolinhas ou avestruzes: um arrulho. Em um estudo publicado nesta terça-feira no periódico científico Evolution, uma equipe de cientistas americanos e canadenses levanta a possibilidade de que os sons de alguns pássaros modernos, como arrulhos ou chilros, tenham sua origem em vocalizações de seus ancestrais – os dinossauros.

“Para se ter alguma ideia de como a ‘voz’ dos dinossauros devia ser, é preciso compreender como se dá a vocalização das aves modernas. É muito diferente do que aparece no Parque dos Dinossauros”, afirmou Julia Clarke, professora da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, e uma das autoras do estudo, em um comunicado. “Os dinossauros não apenas tinham plumas como também deviam ter pescoços grossos e faziam sons altos, com a boca fechada.”

Leia também:
Cientistas descobrem na China o maior dinossauro com asas do mundo
Os dinossauros com penas e outros erros (e acertos) científicos de ‘Jurassic World’

Som com o bico fechado

Estudos recentes revelam que os dinossauros não somente tinham penas – principalmente os carnívoros – como também possuíam rituais de acasalamento muito parecidos com os das aves modernas. O objetivo dos pesquisadores era descobrir a origem dos sons que alguns pássaros emitem, principalmente, durante o período de busca de um parceiro – ruídos altos feitos com o bico fechado e produzidos na área do pescoço. O som é similar ao que fazem pombas ou avestruzes no período de acasalamento. Analisando a morfologia de diversas espécies, os pesquisadores descobriram que esses sons estavam presentes, provavelmente, em muitas espécies de dinossauro que não voavam.

Continua após a publicidade

“Verificar a distribuição desses sons emitidos com o bico fechado nas aves que vivem hoje nos trouxe pistas para descobrir como era a vocalização dos dinossauros”, afirmou o pesquisador Chad Eliason, da Universidade do Texas. “Nossos resultados mostram que essas vocalizações evoluíram pelo menos dezesseis vezes no Archosauria, um grupo que incluía aves, dinossauros e crocodilos. O que é interessante é que apenas animais com o corpo relativamente grande (do tamanho de uma pomba ou maior) têm esse comportamento.”

Os pesquisadores deixam claro, no entanto, que essa seria apenas uma entre as possíveis “vozes” dos dinossauros. Aos poucos, os cientistas têm descoberto que eles eram capazes de emitir diversos sons com a garganta, o pescoço e os pulmões – partes do corpo que, ao contrário dos ossos, não ficam registradas em fósseis. O som exato de um dinossauro talvez jamais possa ser desvendado; contudo, cada vez mais, a ciência traz indícios de que observar e escutar as grandes aves de hoje pode nos deixar mais próximos de decifrar esse passado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.