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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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A pergunta que pede resposta: “A quem interessa o 26 de março?”

Carlos Andreazza escreve um artigo primoroso no jornal O Globo: “Lula é o maior beneficiário de outra consequência da criminalização da atividade política”

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 23 fev 2017, 19h56 - Publicado em 21 fev 2017, 08h43

Pois é…

Vocês sabem as agressões mais estúpidas, mais asquerosas, mais vis, de que passei a ser alvo quando manifestei a minha contrariedade com a manifestação marcada para o dia 26 de março. Há, sim, pessoas de boa-fé e com bons propósitos que apoiam a iniciativa, mas a chance de a coisa servir a interesses de xucros das mais variadas colorações é enorme. Os vigaristas passaram a me atacar de uma maneira sórdida.

Carlos Andreazza, editor da Editora Record e um dos debatedores do programa “3 em 1”, da Jovem Pan, escreve um artigo primoroso no Globo desta terça.  Abaixo, reproduzo um trecho.

Sim, eu e Andreazza concordamos em muita coisa. Mas também temos muitas divergências. Mas ambos não abrimos mão de algumas coisas: os fatos, a realidade, as evidências.

Segue trecho, com link para a íntegra.
*
Antes que o leitor se jogue à rua “contra tudo isso que está aí”, proponho que reflita e avalie sobre ao que — e a quem — serve uma mobilização que tenha como gatilho a sentença falaciosa de que “políticos são todos iguais”.

No artigo “Supremo legislador”, de dezembro de 2016, tratei de uma das consequências perigosas do desprezo pela classe política, “aquela que, à guisa de combater o geddelismo no trato da coisa pública, acabava por desqualificar também o valor da política — exercício sem o qual restará o arbítrio”. Disto decorreu a ascensão desequilibrada do Judiciário, representado pelo Supremo Tribunal Federal, a poder preponderante, protagonista de acentuada inclinação governante, não apenas porque dono da última palavra na República, mas porque detentor da última palavra em tempos de vocação criativa, extravagante, personalista, guloso já avançado sobre as atribuições do Parlamento, agora também assanhado por impor despesas ao Executivo.

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Essa era uma das consequências. Há muitas mais. É espantoso, para abordar outra, que não se possa fazer hoje sequer uma ressalva aos excelentes trabalhos da Justiça Federal de Curitiba, simbolizada pelo juiz Moro, e do Ministério Público do Paraná, que tem rosto nos procuradores que compõem a força-tarefa da Lava Jato, sem que o crítico seja atacado como defensor da impunidade de tipos como Eduardo Cunha.

Por quê?

Brecha para o messianismo, fresta para o autoritarismo, atalho para aventureiros como Marina Silva ou Ciro Gomes, veio pelo qual há quem se sinta à vontade para pedir intervenção militar — picada que já resultou, aliás, em Congresso invadido —, é do ódio da política que emana a intocabilidade desses juízes e procuradores, convertidos em heróis, em salvadores da pátria, e desejados como justiceiros, aos quais, portanto, dá-se licença para qualquer excesso. Eles podem, já ouvi, porque prenderão Lula.

Lula…

Lula, no entanto, está solto. E é o maior beneficiário de outra consequência — talvez a menos exibida — da criminalização da atividade política. Num cenário de terra arrasada, em que os partidos são comparados ao PCC, em que ninguém presta, e todos são bandidos, neste campo desqualificado, só quem se pode fortalecer é o pior entre os piores. Concordo com a síntese de Reinaldo Azevedo: se todos os políticos são iguais, Lula é o melhor.

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(…)

Engana-se (ou quer enganar) quem diz que o PMDB — sócio menor neste arranjo — seja o controlador do tear. É o PT — entranhado na máquina do Estado, senhor de universidades e redações — a força política e culturalmente dominadora, aquela que opera por permanecer e cujo regresso à Presidência as sempre boas intenções dos protestos difusos podem acelerar.

Ou não entendi coisa alguma, e a galera irá às ruas para fechar o Congresso, decapitar Brasília e instaurar um novo regime?

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