Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

A hora dos covardes. Ou: melhor parar com a cachaça!

Há cronista por aí que precisa parar de tomar uísque ou cachaça — ou remédio forte, sei lá eu — antes de assistir a debates com presidenciáveis.  Goró é um péssimo conselheiro! Até admito que simpatias eletivas possam interferir no juízo objetivo sobre quem teve o melhor ou o pior desempenho no embate e tal. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h37 - Publicado em 6 ago 2010, 15h36

Há cronista por aí que precisa parar de tomar uísque ou cachaça — ou remédio forte, sei lá eu — antes de assistir a debates com presidenciáveis.  Goró é um péssimo conselheiro! Até admito que simpatias eletivas possam interferir no juízo objetivo sobre quem teve o melhor ou o pior desempenho no embate e tal. Mas afirmar que Plínio de Arruda Sampaio  (PSOL)foi a grande estrela, como dizem alguns e algumas, aí já é demais. O que isso quer dizer? Um candidato que tivesse resolvido tirar a roupa e exibir em público ou piu-piu ou a borboletinha também teria sido a grande estrela. Ou que tivesse soltado um pum. Ou que desse um salto-mortal. Foi o que Plínio fez: foi despudorado nos absurdos, escatológico nas utopias, ousado na estupidez.

Sustentar a sua “vitória!”, em primeiro lugar, é covardia intelectual. Como afirmar que ou Serra ou Dilma venceu pode lançar uma sombra de suspeição sobre a isenção do analista — e o tucano venceu, basta rever o vídeo — e como há quem tema a patrulha, então se escolhe o Velhinho Maluquinho. É como cronista de futebol que torce pela Portuguesa em São Paulo e pelo América no Rio…

Plínio venceu? Como?
– Propondo limite de mil hectares para propriedades rurais?;
– afirmando que não se vai resolver nenhum problema no Brasil até que não se mude a distribuição de renda — como se ela não viesse mudando —, e, por isso, incapaz de apresentar uma só proposta objetiva?;
– atacando os demais concorrentes — até Marina, que procurou não brigar com ninguém  — porque não são “socialistas” à moda dele?;
–  criticando os demais porque não defendem que seja o governo a bater o porrete na mesa, determinando jornada de trabalho de 40 horas?;
– dizendo-se representante, no debate, dos movimentos sociais, como se um candidato à Presidência pudesse representar um setor da sociedade e ignorar os demais?;
– afirmando-se o legítimo representante do povo quando seu partido-traço não conseguiu se unir nem em torno de sua própria candidatura? A personagem mais conhecida da legenda, Heloísa Helena, apóia… Marina! Plínio não representa nem todo o minúculo PSOL!

Quer dizer que se declara “vencedor” de um debate o sujeito que, por saber que não vai ser eleito, diz as maiores barbaridade e que, se eleito pudesse ser, só conseguiria governar numa ditadura? A isso chegou certa crônica brasileira?

Continua após a publicidade

A delinqüência intelectual que se espalha na imprensa é certamente coisa inédita. Nunca antes nevou tanto nestepaiz — em razão do aquecimento global, claro! — e nunca antes se escreveu tanta bobagem.

Se Plínio ganhou, então quero que os valentes a sustentar tal tese passem a defender as suas idéias para um Brasil melhor. Se querem saber, irritam-me menos os doidivanas que eventualmente concordam com o maluco do que os covardes que afirmam a sua vitória só para não se comprometer.

E um conselho: antes de debates, bebam, no máximo, leite com Toddy! No auge da ousadia, não mais do que um Hollywood.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.