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Para ter convenção sem vaias, Hillary entrega cachinhos dourados

Emails vazados tiram do palco democrata a deputada que preside o Partido Democrata

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 5 dez 2016, 11h21 - Publicado em 24 jul 2016, 16h03
Lealdade tem preço: a fiel e briguenta Debbie Wasserman Schultz virou um problema

Lealdade tem preço: a fiel e briguenta Debbie Wasserman Schultz virou um problema

Em termos brasileiros, a deputada americana Debbie Wasserman Shultz é uma mistura de Vanessa Grazziotin com Jandira Feghali. Ela ocupa um cargo equivalente a presidente do Partido Democrata. Tem um estilo combativo e está sempre disposta a falar em qualquer palanque, real ou eletrônico, em defesa do partido.

Como aparece muito na televisão, a imagem de sua cabeleira cacheada já deixa os adversários em estado de rejeição terminal. Mesmo entre os companheiros, ela não é exatamente popular. No Brasil, entre a antiga esquerda, seria uma “tarefeira”: cumpre as missões com muito empenho, pouco brilho e nenhuma simpatia.

Mesmo assim, não deixou de ser um choque a notícia de que Wasserman Shultz foi riscada da convenção democrata, que começa agora na Filadélfia. Motivo: um problema que parecia relativamente controlado, a feroz resistência dos simpatizantes de Bernie Sanders a Hillary Clinton, voltou a virar uma encrenca por causa dela.

Em princípio, como presidente do partido, Wasserman Schultz deveria ser neutra na fase da disputa pela candidatura. Uma série de emails vazados pelo Wikileaks mostra o que todo mundo já sabia.

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A deputada é uma clintonista obstinada. Falava mal de Sanders e, principalmente, do assessor de imprensa dele. E reclamou ao dono de um canal de televisão a cabo de uma comentarista tão briguenta quanto ela, Mika Brzezinski. Nada que ninguém nunca tenha visto antes.

As outras “revelações” parecem mais molecagens do que sofisticadas conspirações políticas. Integrantes do partido simulam um anúncio virtual em que o grupo Trump procura mulheres bonitas que aceitem ser ridicularizadas e assediadas.

Outro dirigente comenta, com a ilusão da privacidade, que eleitores evangélicos não ficariam nada contentes em saber que Sanders é ateu.

Sanders está fazendo um drama danado com a história e pediu a cabeça da deputada. Como foi muito além dos prognósticos de uma pré-candidatura quase folclórica, ele está vendendo caro o apoio a Hillary.

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Um apoio que foi muito criticado pelas legiões de apaixonados pelo senador esquerdista. Hillary tem pavor de que estes sanderistas não só deixem de votar nela como se passem, por vingança ou desejo de abalar as estruturas, para o lado de Donald Trump.

Por isso, já tirou logo da convenção a leal Wasserman Shultz. Em 2006, aos 42 anos, a deputada fez sete cirurgias relacionadas a um câncer de seio com perfil genético muito negativo. Chegou a participar de reuniões políticas com o remédio intravenoso para dor escondido na bolsa.

A convenção republicana teve aspectos de grande repercussão. Foi desde o espanto provocado pelo senador Ted Cruz, o adversário de Trump que discursou sem endossar a candidatura dele, até a curiosidade quase ingênua do discurso de Melania Trump plagiando dois parágrafos de Michelle Obama.

O próprio Trump optou por uma estratégia tipo tudo ou nada. Em vez de abrir as portas para eleitores que o rejeitam, ele está tentando desentocar aqueles que não tem votado nas últimas eleições e podem se sentir motivados por seu discurso de extremos.

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Hillary, ao contrário, tem que fazer tudo de acordo com o manual e não deixar escapar uma eleição dada por garantida. Para não correr o risco de levar vaias dos sanderistas, ela entregou a deputada de cachinhos dourados e estilo estridente. Em política, não existe nada garantido. Muito menos apreço a lealdade.

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