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Até quando tomar banho com os filhos

É bem provável que a própria criança reivindique independência e privacidade e passe a preferir tomar banho sozinha a partir dos 4 ou 5 anos

Por Fabiana Futema Atualizado em 17 out 2017, 09h23 - Publicado em 17 out 2017, 09h23

Os manuais de pediatria e psicologia não estipulam uma data máxima para os pais pararem de tomar banho com seus filhos. Não existe um limite cronológico. Até porque esse hábito varia de família para família. Há pais que tomam banho com o filho por motivo de praticidade e outros que não se sentem à vontade com esse costume.  E tudo bem para os dois grupos, não há certo nem errado, há aquilo que funciona para cada família.

Mesmo sem esse marco cronológico, é bem provável que a própria criança reivindique independência e privacidade e passe a preferir tomar banho sozinha. Isso pode acontecer por volta dos 4 ou 5 anos, quando ela passa a ter maior consciência corporal.

“A criança naturalmente vai colocando limites. Até os 4 anos, ela não tem muita propriedade sobre o próprio corpo, que até então pertence também à família e cuidadores. Ela permite que essas pessoas toquem seu corpo, não tem pudor. Mas quando passa a se apropriar do próprio corpo começa a desenvolver vergonha, não quer ajuda no banho, banheiro, quer se trocar sozinha”, diz a pediatra e psicoterapeuta Marisol Sendin, coordenadora da Brinquedoteca Terapêutica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Por volta dessa idade, quando as crianças passam a fazer perguntas sobre diferenças físicas, os pais também acabam sentindo necessidade de parar com o banho em conjunto. “A curiosidade que a criança expressa, muitas vezes, faz com que os pais comecem a se questionar se deveriam continuar tomando banho junto com seus filhos”, escreveu a psicóloga Carla Poppa.

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A recomendação é que os pais aproveitem o despertar da consciência corporal para ensinar aos filhos limites em relação às outras pessoas. “É uma boa hora para ensinar que não podem tocar no corpo dela sem autorização. O bebê não tem posse do corpo, todos tocam nele. Mas a criança precisa saber que é corpo é dela, é privativo, só pode ser tocada com autorização”, afirma Marisol.

Da mesma forma, é uma hora para os pais colocarem limites para a criança. “O pai também pode dizer para a criança que o corpo é dele e não pode ser tocado sem permissão”, diz o pediatra Carlos Eduardo Corrêa, o Cacá.

Apesar da necessidade de informação e de limites, pais não precisam tratar a questão do banho como um tabu. Pediatras orientam desde cedo que os pais deem banho de chuveiro nos bebês. É prático e aumenta o vínculo familiar.

“Esses momentos de banho com um dos pais sempre formam memórias muito agradáveis. Pelo menos é isso que ouço no consultório de pais que também tomaram banho com seus pais”, diz Cacá.

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Mas por que então algumas pessoas se sentem constrangidas? Para Cacá, pode existir uma questão de vergonha por parte do adulto. “Alguns pais não estão acostumados e não gostam. Ninguém é obrigado. Se não for bom, não toma.”

E o que fazer quando a criança começar a fazer perguntas sobre sexo? Marisol diz que as respostas devem ser simples e diretas. “Não precisa dar aula sobre reprodução humana. O adulto quer responder o que está na cabeça dele, mas criança quer respostas muito mais simples. E se a resposta não agradar, ela vai perguntar de novo.”

Mãe toma banho com bebê (//iStock)
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