Apple encontra mais problemas sérios em fornecedores
Auditoria encontrou violações graves de suas políticas trabalhista e ambiental
A Apple informou na quarta-feira que encontrou um número maior de violações graves de suas políticas trabalhista e ambiental praticadas por seus fornecedores, como a falsificação de dados de horas trabalhadas, uma vez que expandiu o escopo de sua auditoria anual sobre as condições dos funcionários que fabricam seus iPhones e outros produtos.
Mas a tendência geral entre 756 fornecedores em 30 países está na direção de uma maior conformidade com o código de conduta da Apple, de acordo com um novo relatório da empresa, que tem realizado auditorias nos últimos 12 anos. O mais recente relatório incluiu 197 fornecedores auditados pela primeira vez.
A Apple administra uma das maiores cadeias de fabricação da mundo.
A fabricante dos iPhones disse no relatório que a proporção de “baixo desempenho”, ou fornecedores com menos de 59 pontos em uma escala de 100 pontos, caiu para 1% em 2017, ante 3% em 2016 e 14% em 2014.
Já os fornecedores com “alto desempenho”, ou pontuação acima de 90, subiram para um recorde de 59% ante 47% no ano anterior.
A Apple encontrou 44 “violações fundamentais” de suas regras trabalhistas em 2017, o dobro do ano anterior. Essas incluíram três instâncias de funcionários obrigados a pagar taxas excessivas por um emprego, uma prática proibida pela Apple em 2015.
Em um caso, mais de 700 estrangeiros contratados nas Filipinas pagaram um total de 1 milhão de dólares para trabalhar para um fornecedor. A Apple disse que obrigou o fornecedor a devolver o dinheiro.
O cumprimento da semana de trabalho de 60 horas da Apple caiu para 94% dos fornecedores, ante 98% em 2016. A Apple disse que descobriu 38 casos de falsificação de dados de horas de trabalho em 2017, ante nove casos no ano anterior.
“Estamos empenhados em elevar a barra todos os anos em nossa cadeia de fornecimento”, disse o vice-presidente de operações da Apple, Jeff Williams, em comunicado.
A Apple disse que o aumento foi impulsionado pelo fato de que contratou uma série de novos fornecedores em 2017 e começou a rastrear dados de horas de trabalho de 1,3 milhão de empregados de fornecedores, 30 por cento a mais do que em anos anteriores.