Utilização da indústria fica estável em junho, diz CNI
Utilização da capacidade instalada da indústria subiu apenas 0,1% entre maio e junho; volume de horas trabalhadas recuou
O nível de Aneel recorrerá da decisão em favor da Celpa (NUCI) da indústria ficou em 80,8% em junho, praticamente estável em relação ao número revisado para 80,9% de maio, segundo a pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, este é o menor patamar do indicador desde setembro de 2009.
Apesar da queda do NUCI, os demais indicadores da pesquisa melhoraram, em sua maioria. O faturamento real subiu 2,9% em junho ante maio, considerando dados dessazonalizados. Na comparação com junho do ano passado, houve um aumento de 2,4% no faturamento real. No semestre, o avanço é de 3,1% em relação aos primeiros seis meses de 2011.
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Em relação ao emprego, o comportamento foi similar: houve alta de 0,3% em junho ante maio, considerando também dados dessazonalizados. Mas, na comparação com junho de 2011 houve queda de 0,2%. No semestre, este indicador ficou estável.
Os dados industriais da CNI mostram também que a massa salarial real aumentou 6,3% em junho na comparação com junho do ano passado, enquanto o rendimento médio real avançou 6,5% em igual base de comparação. Esses dois indicadores registraram alta de 6,8% na primeira metade do ano.
“O crescimento da atividade em junho é modesto e não reverte a perda no segundo trimestre do ano, quando comparado com o trimestre anterior”, afirmaram os técnicos da entidade em comunicado.
Horas trabalhadas – O volume de horas trabalhadas recuou em 15 dos 19 setores analisados pela CNI no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período do ano passado. “Foi um semestre perdido para a maioria dos segmentos da indústria”, comentaram os economistas da confederação. O número de horas trabalhadas em junho deste ano teve alta de 1,8% ante maio, considerando dados com ajuste. Na comparação com junho do ano passado, porém, houve uma queda de 1,8%, levando o resultado do semestre a ficar negativo em 1,4% ante igual período de 2011.
De acordo com o documento, sete setores registraram queda das horas trabalhadas, superior a 5%, como couro e calçados (-6,6%), produtos de metal (-6,2%); têxteis (-5,8%); vestuário (-5,5%); veículos automotores (-5,4%) e madeira (-5,2%).Já os setores com maior crescimento das horas trabalhadas, no primeiro semestre foram: produtos químicos (3,8%); alimentos e bebidas (3,6%) e refino e álcool (2,6%).
(com Agência Estado)