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Usina Santo Antônio começa a demitir

O consórcio que administra a hidrelétrica diz não ter dinheiro para pagar as obras

Por Da Redação
2 set 2014, 12h08

O consórcio construtor da usina hidrelétrica de Santo Antônio já começou a demitir os trabalhadores de seu canteiro de obras. De acordo com as empresas que integram o consórcio, cem operários foram dispensados nesta segunda-feira e o plano é manter essa média ao longo dos próximos dias. Cerca de 9 mil pessoas trabalham na obra.

A concessionária Santo Antônio Energia é uma sociedade formada por várias empresas, entre as quais a Odebrecht Energia (18,6%) e a SAAG Investimentos, cujo principal acionista é a Andrade Gutierrez (12,4%). Também integram o grupo Furnas (39%), fundo Caixa FIP Amazônia Energia (20%) e Cemig (10%).

No dia 23 de agosto, a Santo Antônio informou o consórcio, por meio de correspondência, que não possui recursos para pagar o custo das obras da usina. O consórcio tem como empreiteiras a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, além das empresas Alstom, Bardella, Voith Siemens, Andritz e Areva, que fornecem equipamentos para a usina.

Em entrevista, o presidente da Santo Antônio Energia, Eduardo de Melo Pinto, disse que a paralisação das obras da usina é uma consequência “obrigatória e inevitável” do colapso do projeto. O executivo afirmou que não há briga entre a concessionária e o consórcio construtor da usina.

A empresa depositou apenas 10% do valor devido em dívidas com a compra de energia no mercado de curto prazo. A concessionária precisa de um aporte de 860 milhões de reais para honrar o pagamento de julho, com vencimento em setembro. Especula-se que a paralisação das obras seja uma forma de pressionar o governo uma solução para a usina.

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Esta não foi a primeira vez que a concessionária deixou de pagar suas despesas com a obra, problema que tem ocorrido com mais frequência neste ano. Por essa razão, as empresas que integram o consórcio decidiram paralisar as obras e iniciar um plano de desmobilização dos funcionários.

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Inadimplente na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Santo Antônio Energia pode sofrer sanções pesadas e ser desligada do mercado. Neste caso, seus financiamentos podem ser suspensos, o que levaria ao vencimento antecipado de suas dívidas. Para evitar essa situação, Melo Pinto disse que solicitou o adiamento da data de pagamento da energia, com vencimento na próxima segunda-feira. “Se a ruína do projeto não é algo desejado, se querem evitar a ruína, suspendam e posterguem a liquidação na CCEE”, afirmou, ressaltando que a postergação do pagamento foi autorizada duas vezes neste ano para as distribuidoras de energia.

(Com Estadão Conteúdo)

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