UE: 20% das pessoas que trabalham meio período queriam trabalhar mais
Proporção cresceu de 18,5% em 2008 para 20,5% em 2011 e depois para 21,4% em 2012
Nove milhões de pessoas que trabalham em tempo parcial na Europa gostariam de trabalhar mais, informou o departamento europeu de estatísticas Eurostat nesta sexta-feira. Este é um número que não para de aumentar desde o início da crise e que reflete a situação crítica do mercado de trabalho da região.
A proporção de trabalhadores de meio período em situação de subemprego (dispostos a trabalhar mais) aumentou de 18,5% em 2008 para 20,5% em 2011 e para 21,4% em 2012. Ao todo são 43 milhões de trabalhadores nesta situação atualmente.
A situação é mais evidente nos países onde o trabalho a meio período é menos comum, como na Grécia, onde 66% dos trabalhadores querem trabalhar mais, na Espanha (55%), Letônia (53%) e Chipre (50%). Um contraste com a Holanda (3%), Estônia (8%) e República Checa (10%), onde o trabalho a tempo parcial é mais frequente e a proporção é menor.
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A Eurostat também estima que 11 milhões de pessoas constituem uma força de trabalho potencial adicional. Entre eles, estão os 8,8 milhões de pessoas entre 15 e 74 anos que estão dispostos a trabalhar mas que não procuram emprego e os 2,3 milhões de pessoas que procuram, mas não encontram vagas. “Embora não façam parte da população economicamente ativa, esses dois grupos de pessoas mostram uma certa ligação com o mercado de trabalho”, ressaltou o departamento de estatísticas. As medidas de austeridade colocadas para países que precisaram de ajuda financeira externa estão influenciando o aumento do desemprego nos países do euro.
(com agência France-Presse)