Transações correntes têm maior déficit para o semestre
Contudo, o déficit de junho, de US$ 3,953 bi em junho, é o menor desde setembro do ano passado
O Brasil registrou em 2013 o maior déficit em transações correntes – que é o resultado de todas as operações do Brasil com o exterior, tanto receitas quanto despesas – para o primeiro semestre desde o início da série histórica, em 1947.
As informações foram divulgadas na manhã desta terça-feira pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel. Entre janeiro e junho, o saldo da conta corrente ficou negativo em 43,478 bilhões de dólares, o equivalente a 3,82% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado dos últimos 12 meses até junho, o saldo está negativo em 72,465 bilhões de dólares, o que representa 3,17% do PIB.
Por outro lado, o déficit registrado em junho, de 3,953 bilhões de dólares, é o menor rombo desde setembro do ano passado. O resultado ficou abaixo do intervalo previsto por economistas, que apontavam déficit entre 4,2 bilhões e 6,1 bilhões de dólares.
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De acordo com o BC, a conta de rendas ficou negativa em 3,242 bilhões de dólares no mês. A de serviços, negativa em 3,287 bilhões de dólares. Essas saídas de recursos foram parcialmente compensadas pelo superávit comercial de 2,301 bilhões de dólares e pelas transferências unilaterais positivas em 274 milhões de dólares.
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Investimentos – Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram 7,170 bilhões de dólares, resultado que também veio melhor do que o esperado. Economistas calculavam IED de 5,5 bilhões de dólares. Entre janeiro e junho, esse valor ficou em 30,027 bilhões de dólares, pouco acima dos 29,730 bilhões de dólares do primeiro semestre de 2012.
De modo geral, a conta corrente tem sido afetada pela fraca balança comercial no país que, no primeiro semestre, registrou saldo negativo de 3,092 bilhões de dólares. Também têm pesado as remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no país, que entre janeiro e junho passados somaram 14,101 bilhões de dólares, 41,28% a mais do que a primeira metade de 2012.
(com Estadão Conteúdo e Reuters)