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Trabuco se reuniu com grupo do Carf, afirma PF

Relatório cita diversas vezes uma reunião entre o presidente do Bradesco com integrantes do esquema de compra de decisões no Carf; banco nega

Por Da Redação
2 jun 2016, 11h20

O relatório da Polícia Federal que indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas cita diversas vezes uma reunião do executivo com integrantes do esquema de compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Em nota, o banco informou que “o presidente da companhia não participou de qualquer reunião com representantes do escritório de assessoria”.

Um dos integrantes do esquema menciona uma conversa que teria tido com Trabuco. O banqueiro teria dito: “Mario, é… , fico feliz de você estar aqui é�, ajudando o banco”. O interlocutor seria Mario da Silva Teixeira Junior, membro externo do conselho de administração do banco.

A PF concluiu que houve reunião, além das menções feitas em conversas dos investigados, porque o celular de um dos alvos que estava sendo monitorado, Eduardo Cerqueira Leite, recebeu uma ligação enquanto estava nas instalações do banco Bradesco no dia 9 de outubro de 2014.

Segundo o relatório de inteligência da PF, a antena que registrou a ligação estava “localizada na Cidade de Deus, em Osasco, justamente no complexo do Banco Bradesco, o que confirma a ida do Eduardo ao local e reunião com os vice-presidentes e com o presidente”.

No relatório, a Polícia Federal cita, ainda, o auditor aposentado Jeferson Salazar. Ele teria classificado a reunião com o Bradesco como “muito boa” e que “estavam todos”. “O vice e o presidente, o ‘Trabu’ (Trabuco), esteve presente, cumprimentou a todos e saiu e que Eduardo acha que “vai dar samba”, cita o relatório da PF.

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O fato de o Bradesco ter perdido a ação na primeira instância da multa de 3 bilhões de reais aplicada pela Receita Federal significaria, para o grupo criminoso, uma chance de convencer o banco a contratar seus serviços. “Com esse resultado o que se observou foi que a presidência do Bradesco parece se render às tentativas de cooptação da organização criminosa atuante no Carf.”

No total, a PF indiciou dez pessoas, incluindo Trabuco e os executivos do Bradesco Domingos Figueiredo de Abreu e Luiz Carlos Angelottie. Os indiciamentos referem-se aos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Trabuco foi indiciado por corrupção ativa.

Leia mais:

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Ações do Bradesco despencam após indiciamento de Trabuco

Denúncia – O Ministério Público Federal denunciou ontem duas pessoas no âmbito da Operação Zelotes: Edison Pereira Rodrigues, auditor fiscal aposentado e ex-presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), e sua filha Meigan Sack Rodrigues, também ex-conselheira. A informação foi publicada nesta quinta-feira, pelo jornal Valor Econômico.

Eles são acusados de tráfico de influência e patrocínio de interesse privado perante a Administração Fazendária. Segundo o MPF, receberam propina com a promessa de influenciar julgadores em favor de grandes contribuintes que recorriam no tribunal contra multas aplicadas pela Receita Federal.

“As investigações revelaram que pai e filha atuaram de forma dissimulada em defesa dos interesses da empresa Tov Corretora de Câmbio Títulos e Valores Mobiliários Ltda. O contribuinte é autor de dois Procedimentos Administrativos Fiscais por meio dos quais questionou autuações impostas pela Receita Federal no valor total de 154,4 milhões de reais.

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(Da redação, com Estadão Conteúdo)

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