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‘Somos a noiva com quem todos querem casar’, diz novo presidente da Estácio

Em teleconferência, presidente do segundo maior grupo educacional privado do país afirma que empresa está aberta a propostas, mas que não descarta seguir sozinha

Por Luís Lima e Cecília Ritto
17 jun 2016, 17h31

Em meio à disputa entre a Kroton e a Ser Educacional pela compra da Estácio, o novo presidente do grupo educacional, Chaim Zaher, disse, em teleconferência nesta sexta-feira, que a companhia está aberta a propostas de fusão. A opção de seguir sozinha, no entanto, não está descartada. “Somos a noiva com quem todos querem casar”, afirmou. “E ninguém casa com uma noiva feia. Vamos ouvir todas as propostas que vierem. O que for bom para os acionistas, bom para todo mundo, nós não podemos, em hipótese alguma, deixar de olhar.”

A Estácio anunciou a ida de Zaher para a presidência em fato relevante divulgado na noite desta quinta-feira. Ele substitui Rogério Melzi, considerado por fontes próximas como um dos principais obstáculos para o avanço das negociações com a Kroton.

Zaher é o maior acionista individual da Estácio, com 14% do capital. Com sua ascensão à presidência, ele deixa o comitê criado pela Estácio para analisar as propostas de fusão que foram anunciadas neste mês por Kroton e Ser. Ainda fazem parte do grupo João Cox Neto, Maurício Luís Luchetti e Libano Miranda Barroso.

Na teleconferência, Zaher disse que a Estácio pode terminar por não escolher nenhuma proposta e seguir sozinha. Segundo o executivo, não se pode “violentar” a empresa com propostas que não sejam “dignas, e do tamanho da empresa”.

“E por que não o contrário? A gente também não voltar a fazer as aquisições e crescer com isso? Por que não voltamos a ser o que sempre fomos: consolidadores?”, declarou. “Eu fui consolidador na minha época de UniSEB.” Zaher tornou-se acionista da Estácio em 2014 após vender a UniSEB, instituição de ensino à distância, por 615 milhões de reais.

Aos analistas, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Pedro Thompson, reforçou que a Estácio não está à venda e que a única proposta formal foi feita pela Ser Educacional. A oferta da Kroton foi definida por Thompson como uma “pseudoproposta”.

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“Não estou desconsiderando nada, só não temos nada na mesa. Temos só pelo jornal uma proposta que é fora de cogitação, não tem qualquer sentido”, reforçou Zaher sobre a oferta da Kroton.

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Apesar de ter feitos elogios à gestão anterior e citado o crescimento nos últimos anos, o novo presidente disse que “não é possível que uma empresa com a estrutura da Estácio possa ser sacrificada daquela maneira”. “Vamos lutar muito para fazer com que esta estrutura cresça.”

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Para recuperar a credibilidade com os acionistas, Zaher disse que começou a avaliar iniciativas de curto prazo, que incluem esforços para um maior controle de custos e captura de sinergias interna. Ele reconheceu que a companhia desvalorizou-se nos últimos anos, o que ocorreu, sobretudo, por causa de restrições no programa de financiamento estudantil, o Fies.

Zaher ainda ponderou, no entanto, que o negócio segue bem. “Não estamos menosprezando e dizendo que estamos fechados para o mundo e para o mercado. Só não vamos ficar esperando desvalorizar e ficarmos agonizantes”, disse. Questionado sobre a condição de presidente interino, Zaher disse que não chegou para ir embora no dia seguinte e ficaria até o “final”, se necessário.

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