Senado americano aprova acordo orçamentário para 2014
Acordo bipartidário põe fim a temor de calote e paralisação do governo americano em 2014 e prevê cortes de US$ 85 bi
O Senado dos Estados Unidos aprovou o acordo orçamentário de dois anos para diminuir cortes automáticos de gastos e reduzir o risco de paralisação do governo norte-americano, colocando em foco um projeto sobre despesas que o Congresso precisa aprovar até 15 de janeiro.
A medida segue agora para sanção do presidente dos EUA Barack Obama. Comitês da Câmara dos Deputados e do Senado devem elaborar um projeto de lei com 1,012 trilhão de dólares em despesas previstas para o ano fiscal de 2014 para implementar o acordo orçamentário.
A votação ficou em 64 contra 36. Nove republicanos se juntaram aos 55 democratas para aprovar a lei, que o presidente americano deve assinar antes de partir para o Havaí, onde costuma passar férias de fim de ano.
O acordo, que prevê uma economia de gastos de 85 bilhões de dólares, foi aprovado pela Câmara há uma semana e deve garantir financiamento para o país por dois anos, a partir de 15 de janeiro. A proposta foi feita pelos chefes da comissão orçamentária da Câmara e do Senado: o democrata Paul Ryan e a republicana Patty Murray.
O grande vitorioso do pleito é o líder dos republicanos na Câmara, John Boehner, que tem sido constantemente criticado por deixar que o Tea Party comande as discussões sobre a questão fiscal e os cortes de gastos – situação que levou o país à paralisação parcial do setor público, em outubro.
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A aprovação é significativa porque sepulta, de uma vez por todas, as dúvidas de que uma nova paralisação pudesse ocorrer no início do ano que vem. Entre 1º e 16 de outubro deste ano, diversos órgãos públicos sofreram uma pausa parcial devido à falta de acordo entre os parlamentares para a aprovação de uma nova peça orçamentária, o que deixou o governo sem recursos.
As cifras necessárias para fazer a máquina americana girar, que somam 85 bilhões de dólares, são provenientes da redução dos cortes automáticos de gastos previstos para os anos de 2014 e 2015: 45 bilhões de dólares seriam abatidos do corte programado para o ano que vem, e outros 20 bilhões de dólares, dos cortes de 2015. Além disso, os 20 bilhões de dólares restantes virão da redução do déficit do país, segundo previsões dos parlamentares.