Recessão técnica no 2º trimestre confirma previsão do BC
Entidade previu, em meados de agosto, que a economia brasileira recuaria quase 1,9% no período, fazendo o país entrar, oficialmente, em recessão
O Banco Central (BC) já previa, desde meados de agosto, que o país entraria em recessão técnica. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma “prévia do PIB”, indicava uma retração de 1,89% no segundo trimestre deste ano, frente aos três meses anteriores.
Após encolher 0,7% no primeiro trimestre e 1,9% no segundo, a economia brasileira encerrou dois trimestres seguidos com desempenho negativo, feito que aconteceu no no último trimestre de 2008 (-4,1%) e no primeiro de 2009 (-2,2%), auge da crise econômica mundial. Os dados foram anunciados nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o ano de 2015, o mercado financeiro, que costuma ser conservador em suas previsões, indicava que a economia deverá ter uma retração de 2,06%, seguida por uma queda de 0,24% em 2016. Os dados são do último boletim Focus do BC, divulgado na segunda-feira.
Recessão – No começo do mês, um relatório do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontou que a economia brasileira está em recessão desde o segundo trimestre de 2014. No documento, o comitê identificou a ocorrência de um pico no ciclo de negócios no primeiro trimestre de 2014, que representou o fim de uma expansão econômica que durou 20 trimestres – entre o segundo trimestre de 2009 e o primeiro de 2014.
Para o Codace, a fase cíclica, marcada pelo declínio na atividade econômica de forma disseminada, é denominada recessão. Já a fase entre um vale e um pico do ciclo é chamada de expansão. A definição usada é diferente da chamada “recessão técnica”, que acontece quando o PIB recua por dois trimestres seguidos.
(Da redação)