Caderneta de poupança tem captação recorde para novembro
A caderneta de poupança registrou captação líquida de 6,386 bilhões de reais em novembro — quarto melhor resultado mensal do ano
A caderneta de poupança registrou captação líquida de 6,386 bilhões de reais em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC). O resultado é o mais elevado para o mês da série histórica do BC, iniciada em 1995. Até então, o maior saldo para novembro havia sido registrado em 2009, no valor de 4,469 bilhões de reais.
O resultado do mês é o quarto melhor de 2013 até agora – dezembro costuma ser o melhor, segundo a série histórica. Os maiores saldos foram registrados em junho (9,451 bilhões de reais), julho (9,331 bilhões de reais) e setembro (6,695 bilhões de reais). Até 28 de novembro, o saldo líquido da poupança no ano estava em 2,08 bilhões de reais. Apenas no dia 29 ingressaram na aplicação 4,306 bilhões de reais, ou 67,6% do saldo total do mês, o que equivale a pouco mais de dois terços da soma de novembro.
Em novembro, os depósitos somaram 120,826 bilhões de reais, enquanto os saques totalizaram 114,440 bilhões de reais. Em outubro, a captação foi positiva em 4,512 bilhões de reais. Há 12 meses, a entrada superou a saída de recursos em 4,086 bilhões de reais.
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Impacto do 13º – A robustez do resultado de novembro pode ser explicada, pelo menos em parte, pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. O prazo final para os depósitos foi exatamente o último dia útil do mês, quando o ingresso de recursos na aplicação foi forte. Agosto e setembro também foram meses considerados relevantes em razão do adiantamento desse pagamento a aposentados e pensionistas.
A poupança segue como importante investimento entre os brasileiros. Isso, mesmo com as mudanças nas regras de remuneração da aplicação, que diminuíram o rendimento da caderneta dos depósitos feitos entre maio de 2012 e agosto de 2013. Pela nova forma de remuneração, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% dela mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 10% ao ano. Quando a taxa básica sobe a partir de 8,75% ao ano, passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.
(Com Estadão Conteúdo)