Plano Real completa 19 anos; confira os preços que mais subiram
Combustíveis, aluguel e transporte público são algumas das maiores altas, aponta o IBGE
Criado com o objetivo de estabilizar a economia brasileira, o Plano Real completa 19 anos nesta segunda-feira. O plano foi desenhado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, durante o governo Itamar Franco, com a ajuda de economistas renomados, como André Lara Resende, Pedro Malan, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Edmar Bacha, entre outros. O novo plano, que estabelecia uma nova moeda (o real), conseguiu aquilo que inúmeros outros planos econômicos fracassaram: acabou com a hiperinflação.
O Plano Real era baseado em três pilares: a liberalização comercial, câmbio fixo e desindexação. A abertura comercial do país ao capital estrangeiro fez com que o país começasse a participar do comércio internacional e ganhasse alguma competitividade, devido à concorrência com produtos estrangeiros. O aumento das importações também marcou o período e foi viabilizado, sobretudo, pela manutenção do câmbio artificialmente valorizado. Com uma moeda mais forte, o Brasil importou mais e a oferta de produtos cresceu.
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A desindexação da economia fez com que os mecanismos de repasse automático da inflação, como gatilhos salariais, fossem reduzidos e permitissem a estabilização dos preços. Para se ter uma ideia, a inflação chegou a 916,46% no ano de 1994. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre julho de 1994 e junho de 2013, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação, mostrou avanço de 332%, em média.
Contudo, muitos itens calculados pelo IBGE subiram mais que esse porcentual. Confira a lista das maiores altas.