PIB da zona do euro avança 0,3% no 4º trimestre
No caso da União Europeia, que abrange mais países, o avanço foi um pouco melhor, de 0,4%, segundo dados da Eurostat
O crescimento econômico da zona do euro acelerou inesperadamente no último trimestre de 2014 uma vez que o maior membro do bloco, a Alemanha, teve expansão a um ritmo mais que duas vezes maior que o esperado. O Produto Interno Bruto (PIB) da eurozona, formada por 19 países, aumentou 0,3% no quarto trimestre de 2014 em relação aos três meses anteriores, segundo a agência de estatísticas da região, Eurostat, em dados ainda preliminares. Uma pesquisa da Reuters com 51 economistas havia projetado um crescimento de 0,2%, o mesmo ritmo do terceiro trimestre.
Considerando todos os 28 países que formam a União Europeia – os 19 da zona do euro e outros que não aderiram à moeda comum – o avanço foi um pouco maior, de 0,4%. Na base anual, o crescimento da zona do euro alcançou 0,9% no quarto trimestre, também 0,1 ponto porcentual acima do esperado. Já o da UE, foi de 1,3% no mesmo período.
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A maior economia da zona do euro, a Alemanha, teve um desempenho claramente melhor, crescendo 0,7% no trimestre, muito acima das expectativas de 0,3%. A demanda doméstica tirou a Alemanha do marasmo do meio do ano, quando registrou dois trimestres com crescimento próximo de zero. Em 2014 todo, a economia da Alemanha expandiu 1,6%.
“Isso é um raio”, disse o economista do UniCredit Andreas Rees. “Alguns falaram de possível recessão após o verão (do hemisfério norte), mas em vez disso a Alemanha se recuperou. O fato de o crescimento vir principalmente da economia doméstica dá fortes bases para otimismo”.
A França, porém, não conseguiu acompanhar o ritmo, crescendo apenas 0,1%, levando a segunda maior economia da zona do euro a ter expansão de apenas 0,4% no ano inteiro de 2014. A Itália teve desempenho ainda pior. A economia italiana ficou estagnada no quarto trimestre, marcando o 14º trimestre consecutivo sem qualquer crescimento.
No campo positivo também se destacaram a Estônia (1,1%), Hungria (0,9%), Espanha (0,7%) e Reino Unido, que não faz parte do euro, só da UE, e teve uma expansão de 0,5%.
(Com agências EFE e Reuters)