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Para Dilma, PIB trimestral de 0,6% é “significativo”

Ante a "herança maldita" do antecessor, economia sofre para reagir; presidente Dilma, no entanto, vê o PIB com bons olhos e afirma que ele está reagindo

Por Da Redação
11 dez 2012, 17h14

Ao contrário das fortes críticas dos economistas, a presidente Dilma Rousseff avaliou nesta terça-feira o crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre como “muito significativo”. “Estávamos numa situação muito diferenciada, crescendo muito pouco. Chegamos a 0,6% e é muito significativo se você comparar as taxas trimestrais”, disse em entrevista coletiva no Palácio Eliseu durante visita à França. “É verdade que nós tivemos uma desaceleração da metade do ano passado. E ela foi intensa no fim de 2011 e início de 2012. Agora, começamos a reagir”, disse.

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A presidente Dilma comentou ainda que a economia hoje está demorando mais para sair da crise. “(Ela sai hoje de) forma mais lenta que se saía em 2008 e 2009”, avaliou. Segundo ela, a rodada anterior da crise – que se deu logo após a quebra do banco Lehman Brothers, nos Estados Unidos – foi aguda. “Agora, a crise é crônica”, argumentou.

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Estímulo fiscal – Dilma destacou que o Brasil “não abre mão” de usar o estímulo fiscal como parte do receituário para saída da crise. “Acredito que todos nós enfrentamos uma situação extremamente difícil. No nosso caso, não abrimos mão de estímulos fiscais porque temos uma situação bastante estável”, disse em entrevista coletiva no Palácio Eliseu ao lado do presidente francês, François Hollande. “O Brasil gasta seu Orçamento em um processo de melhoria das condições macroeconômicas do Brasil. Desonerando investimento em gargalos de infra e também procurando manter nossos ganhos sociais”, acrescentou.

Para Dilma, o Brasil pode usar o estímulo fiscal porque a situação macroeconômica do país permite. A presidente citou como exemplos a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 34%, a inflação sob controle e as reservas internacionais “significativas” como argumentos da situação favorável da economia.

Novo mundo – “O desafio está diante de nós: construir uma nova governança mundial”, declarou François Hollande ao abrir em Paris um fórum do progresso social ao lado da presidente Dilma Rousseff. “(A superação da crise) passa necessariamente pela construção de um novo mundo”, afirmou Dilma, ressaltando os pontos de vista convergentes de França e Brasil.

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Hollande e Dilma inauguraram nesta terça este Fórum, organizado pela Fundação Jean Jaurès e pelo Instituto Lula, na presença do ex-presidente brasileiro, que recebeu um grande abraço de Dilma antes do início dos discursos. “Houve muitas palavras e poucos compromissos para regular as finanças, é preciso aplicar as mesmas regras de prudência a todas as economias do mundo”, considerou Hollande. “O papel dos progressistas do mundo não é fugir da realidade, mas transformá-la, construir passo a passo, país por país, continente por continente uma alternativa ao liberalismo”.

“Precisamos de uma governança econômica mundial renovada”, fundada “na cooperação”, afirmou. Dilma apontou, por sua vez, os esforços do Brasil para aumentar o nível de vida da população e reduzir a pobreza, e ressaltou o êxito da política que combina as medidas fiscais e econômicas com a proteção social. “Se sacrificarmos as conquistas sociais, perderemos a batalha do desenvolvimento”, disse.

Criticando as opções protecionistas, a presidente brasileira defendeu uma “ampliação do multilateralismo” e “um controle maior dos fluxos financeiros”.

(com Estadão Conteúdo e Agence France-Presse)

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