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Odebrecht dá calote em dívida de US$ 9,6 milhões

Agora, empresa poderá ter toda a sua dívida acelerada, ou seja, os credores poderão exigir o pagamento imediato de toda a dívida da companhia

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2024, 03h44 - Publicado em 20 abr 2016, 11h17

A Odebrecht Óleo e Gás deixou de pagar 9,6 milhões de dólares em juros de um título em dólares emitido no exterior. A empresa tinha até sexta-feira da semana passada para efetivar o pagamento, mas não o fez. Com isso, poderá ter toda a sua dívida acelerada, ou seja, os credores poderão exigir o pagamento imediato de toda a dívida da companhia.

A empresa já havia suspendido o pagamento no dia 17 de março, quando originalmente vencia o prazo referente aos juros dos bônus perpétuos de 550 milhões de dólares. Por contrato, no entanto, a empresa tinha mais 30 dias para honrar a dívida. Passado esse prazo, a decisão tomada foi a de não pagar. Segundo nota enviada pela empresa, o objetivo é preservar a liquidez da companhia para que siga operando normalmente.

A crise financeira da Odebrecht Óleo e Gás teve início com o cancelamento pela Petrobras de um contrato de afretamento e operação da sonda semissubmersível ODN Tay IV. Esse contrato garantia duas outras séries de bônus emitidos pela companhia no valor total de 3,1 bilhões de dólares e com vencimento nos anos de 2021 e 2022. Pelas regras estabelecidas na emissão dos bônus, no caso de cancelamento do contrato por parte da Petrobras, a empresa tinha 90 dias para fazer um novo negócio. O prazo não fui cumprido.

O problema é que, com a queda dos preços do petróleo no mundo inteiro, que afetou as petroleiras em geral, não há demanda por sondas e a Odebrecht não conseguiu um novo contrato. Estima-se que mais de 70 sondas estejam hoje paradas em todo o mundo, sem interessados em usar os serviços. Esse foi um dos motivos que levaram os credores desses bônus a aceitaram renegociar as condições da dívida. O prazo final para se chegar a um acordo é o fim do mês de maio.

O grupo Odebrecht tinha em 2014 uma dívida líquida consolidada, já descontado seu caixa, de 63 bilhões de reais. A empresa foi envolvida na Operação Lava Jato e o presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, está preso desde o ano passado. Recentemente, a empresa anunciou que seus executivos farão um acordo de delação premiada “definitivo”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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