Obama: reformas não devem perder de vista meta de melhorar vidas
Presidente está na Alemanha e destaca que mudanças negativas no mercado de trabalho podem ter consequências duradouras para a economias
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que o ímpeto de controlar orçamentos, cortando gastos e aumentando impostos, e a instauração das reformas econômicas necessárias não podem perder de vista a meta principal de melhorar as vidas das pessoas.
Em Berlim (Alemanha), Obama disse que os líderem têm de “se certificar de que na busca de políticas de longo prazo não percamos de vista a nossa meta principal que é melhorar as vidas das pessoas”. “E se, por exemplo, começarmos a ver o desemprego entre jovens aumentar muito, então em algum momento nós temos de ajustar nossa abordagem para garantir que não percamos uma geração que pode jamais se recuperar em termos de carreiras”, disse Obama em entrevista coletiva conjunta com a chanceler alemã Angela Merkel.
Obama sugeriu também que os líderes da zona do euro modifiquem a busca por uma solução da crise para reduzir o alto desemprego no bloco. Ele disse que “todos nós temos de realizar reformas estruturais para nos adaptarmos a uma economia nova e inteiramente competitiva”. Merkel defendeu a atual abordagem da zona do euro no combate à crise, principalmente via consolidação orçamentária e reformas estruturais. “O mundo está mudando e a Europa não é suficientemente competitiva em todas as áreas”, declarou. A chanceler também disse que seu país vai apoiar o acordo de livre-comércio entre os EUA e a União Europeia.
O discurso vem dias após o Departamento do Trabalho americano divulgar o aumento da taxa de desemprego americana de 7,5% em abril para 7,6% em maio. Apesar de a diferença ser pequena, ela reverte a tendência de queda que os EUA haviam sentido nos últimos meses, o que estava mostrava um fôlego maior da economia. Por outro lado, no mesmo período foram criados 175 mil postos de trabalho no país, uma boa notícia para o presidente, que luta para conseguir equilibrar redução de gastos públicos e alta de impostos com manutenção do emprego e alta do Produto Interno Bruto (PIB).
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(com agência Reuters)