Não haverá resgate global da Espanha, disse de Guindos
Ministro das Finanças espanhol admite, porém, que o alto endividamento do país é um dos empecilhos para solucionar a crise
O ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, disse nesta terça-feira que a Espanha não precisará de resgate da União Europeia (UE), mas admite que o alto endividamento do país é um dos empecilhos para solucionar a crise.
“Houve um endividamento excessivo do setor bancário e uma bolha imobiliária. Corrigi-lo é extremamente complicado. Um de nossos problemas é que nossa dívida externa líquida é muito alta, cerca de 90% do PIB”, explicou.
A Espanha enfrenta há semanas taxas de juros elevadas no mercado devido às dúvidas sobre sua capacidade de sair da crise financeira que se alastra pela eurozona e pelos temores sobre sua possível necessidade de um resgate global do país.
Leia mais:
Preocupações sobre Espanha persistem após resgate
Nesta terça-feira, o Tesouro espanhol captou 3,56 bilhões de euros em diferentes emissões de títulos a 12 e 18 meses com um notável rebaixamento dos juros, de mais de um ponto percentual em ambos os casos, a 3,99% e 4,35%, respectivamente.
“A Espanha é um país solvente, não haverá resgate”, afirmou o ministro, que havia dito na segunda-feira que esperava que o acordo de ajuda europeia seria formalmente assinado na sexta-feira pelos ministros das Finanças da Eurozona. A Espanha já pediu formalmente até 100 bilhões de euros emprestados à UE para resgatar seus bancos.
Leia mais:
Em momento dramático, Europa sofre com a falta de estadistas
(Com agència France-Presse)