Na Inglaterra, até o ‘Brexit’ virou cerveja
Cervejaria britânica criou três novos rótulos para atrair clientes que são contra, a favor ou estão indecisos sobre a permanência do Reino Unido na UE
Uma cervejaria do norte da Inglaterra aproveitou o clima de divisão do país entre os que são a favor ou contra a permanência do Reino Unido na União Europeia e criou três novas variedades de cerveja, de acordo com a “preferência geopolítica” do cliente.
Administrada por um casal anglo-holandês em Leeds, a Little Valley Brewery fabricou 5.600 litros de três cervejas do tipo pale ale diferentes. Elas foram batizadas de “In” (“dentro”, para quem prefere que o Reino Unido permaneça na UE), “Out” (“fora”) e “IDK” (iniciais de “I Don’t Know”, ou “eu não sei”).
Os clientes são convidados a fazer sua escolha de acordo com sua intenção de voto no referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, marcado para o dia em 23 de junho e, em seguida, iniciar um diálogo com o vizinho.
“Sabemos que todo mundo acredita ser um especialista em política quando está num pub. Nossas cervejas vão ajudar a alimentar o debate”, anuncia Sue Cooper, co-proprietária (e pró-UE) da cervejaria.
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De acordo com os resultados preliminares de pesquisa realizada pela agência AFP no “The Aire Bar”, em Leeds, a defesa da permanência na UE está vencendo. “Isso faz todo mundo falar, com certeza”, disse Rose Perry, uma garçonete do bar.
Cada uma das três cervejas tem sua própria personalidade, segundo os fabricantes. A “In” é “frutada e muito influenciada pelo espírito continental”, explica Sue Cooper. A “Out” é “uma cerveja leve, com uma pitada pronunciada de euroceticismo e um sabor seco e amargo”. A “IDK” por sua vez, tem um gosto “doce de malte que desce de forma redonda que leva a pensar”, explica a empresária, com bom humor.
A cervejaria planeja publicar os resultados de suas vendas pouco antes do referendo. Enquanto isso, ela recebeu na última sexta-feira a visita do vice-presidente do Partido Trabalhista, Tom Watson, favorável à permanência britânica na União Europeia. “A ‘In’ é de uma qualidade excepcional e deve ser consumida por tantas pessoas quanto possível”, disse ele.
(Com AFP)
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