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Moody’s: impeachment tende a acelerar rebaixamento da nota do país

Agência de classificação de risco diz que eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff seria, "na melhor das hipóteses", neutro na avaliação que a empresa faz do Brasil

Por Da Redação
18 nov 2015, 10h59

O eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff seria “na melhor das hipóteses” neutro para a nota de crédito do Brasil, mas a tendência é que seja negativo, disse nesta quarta-feira Mauro Leos, analista sênior da agência de classificação de risco Moody’s. Leos afirmou que, junto com o desempenho da economia do Brasil nos próximos anos, a decisão sobre um eventual corte da classificação de risco do país dependerá do futuro de Dilma e da permanência no cargo ou não do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

“Da nossa perspectiva, entendemos que um impeachment, na melhor das hipóteses, teria implicação neutra para a nota do país, mas a tendência é que enxergássemos um impeachment como algo negativo para a nota devido às incertezas relacionadas a todo o processo”, disse Leos em evento da Moody’s.

Mais tarde, ele disse à agência Reuters que é mais provável que a agência piore para “negativa” a perspectiva da classificação de risco, atualmente “estável”, em vez de cortar a nota em si diretamente para o grau especulativo, no caso de um impeachment.

A Moody’s classifica o Brasil em “Baa3”, último degrau dentro do grau de investimento. Após a decisão da Standard & Poor’s de rebaixar o Brasil para o grau especulativo em setembro, a pergunta é se a Moody’s e a Fitch farão o mesmo.

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“Se chegássemos a um processo de impeachment, qualquer coisa poderia acontecer. Dito isso, se for nessa direção, uma das possibilidades é que as coisas poderiam melhorar em seguida”, acrescentou.

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A eventual saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também adicionaria incerteza. No entanto, como ele não tem sido bem-sucedido em entregar reformas como esperavam investidores no início do ano, não seria um golpe tão forte para a nota de crédito como anteriormente previsto, disse Leos.

“Depende de quem for o escolhido (para substituir Levy)”, disse ele, acrescentando que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles seria bem recebido pelos mercados devido a seus contatos políticos, embora ele também tenha uma relação difícil com Dilma.

(Com Reuters)

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