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Ministro diz que não há previsão de racionamento de energia no país

Para evitar que novos apagões, o governo anunciou reforço de geração de energia

Por Gabriel Castro, de Brasília
20 jan 2015, 20h05

O novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta terça-feira que não há previsão de racionamento de energia. Em coletiva de imprensa, ele falou sobre o corte no fornecimento de energia ocorrido na segunda-feira e afirmou que o sistema elétrico brasileiro é robusto e seguro, mas está sujeito a “intercorrências”. Para evitar que novos apagões ocorram neste verão, o governo anunciou, nesta terça, um reforço de geração de energia.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) vai acionar termelétricas da Petrobras que aguardavam manutenção e aumentar em 300 MW (megawatts) a energia transmitida a partir da hidrelétrica de Itaipu. Além disso, serão feitas a abertura de uma interligação Sudeste-Nordeste, com potencial de 400 megawatts, e a ressincronização da usina de Angra 1, o que acrescentará até 200 megawatts.

“Somadas todas essas medidas, vamos adicionar 1,5 mil MW para fortalecer o sistema, para que intercorrências como as de ontem tenham um nível de segurança ainda maior”, declarou o ministro.

Braga também confirmou que os apagões aconteceram após um pico de consumo de eletricidade, pouco antes das 15 horas. Um conjunto de capacitores da linha Norte-Sul falhou, o que modificou a frequência da energia transmitida e motivou o desligamento de dez usinas hidrelétricas por razões de segurança. Em pelo menos um caso, entretanto, a desativação foi indevida. Com o corte, aproximadamente 1 gigawatt deixou de entrar na rede elétrica. “A ação de proteção de potência da usina Ney Braga foi indevida. Não era pra ter acontecido. Se ela aconteceu foi ou porque o equipamento fez uma leitura equivocada do sistema ou houve uma ação humana que provocasse essa reação”, disse o ministro. Eduardo Braga afirmou que o acionamento das termelétricas não terá efeitos sobre a conta de luz.

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Apesar de dizer que não há previsão de racionamento de energia, o ministro deixou claro que, por causa da falta de chuvas, o governo não detém o controle absoluto da situação: “Estamos diariamente acompanhando o nosso ritmo climático, trocando informações com cientistas, buscando informações para que nós possamos ter cada vez mais uma calibragem no nosso planejamento. Deus é brasileiro e nós também podemos contar que ele vai trazer um pouco de umidade e chuva”, disse Braga, repetindo o ex-ministro Edison Lobão, que, no ano passado, disse que o país não passaria por um racionamento de energia “com a graça de Deus”.

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Braga reiterou que há energia suficiente para atender momentos de extremos climáticos. “Estamos vivendo o segundo biênio de extremos climáticos de alto rigor no ritmo hidrológico”, disse. “As chuvas em janeiro foram extremamente raras, principalmente onde precisava chover. Acompanhamos o ritmo climático diariamente para termos calibragem no planejamento. Não há previsão de racionamento”, enfatizou.

O ministro afirmou ainda que vai anunciar outras medidas para melhorar o funcionamento do sistema elétrico. Mas isso só deve ocorrer no fim de março, após um diagnóstico do setor que já estava previsto antes do apagão desta segunda. Nesta terça, Braga esteve na sede do Operador Nacional do Sistema (ONS), no Rio de Janeiro, e se reuniu com técnicos do órgão para discutir as causas do apagão.

Apagão
Apagão (VEJA)

(Com Estadão Conteúdo)

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