Mantega vê risco de crise internacional prolongada apesar de esforços

Na reunião dos ministros das Finanças das maiores economias do mundo, nos EUA, Mantega se diz preocupado com as políticas macroeconômicas de alguns países

Por Da Redação
19 abr 2013, 15h55

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa de reunião do G20 em Washington (EUA) (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira, em Washington, na reunião do G20, o grupo das maiores economias do mundo, que vê risco de uma crise prolongada apesar de todos os esforços internacionais e do próprio grupo. Ele afirmou ainda que continua preocupado com a política macroeconômica na maioria dos países avançados, mas que o programa econômico japonês pode contribuir para a economia global se medidas fiscais forem implementadas.

Medidas para conter os déficits públicos dos países do grupo serão discutidas na reunião desta sexta-feira entre os líderes de Finanças das vinte economias. Nesta sexta, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble também comentou que a política monetária expansionista do Japão não deve ser permanente e que Tóquio deve implementar reformas estruturais. “Todos concordaram que isso só pode ser temporário”, disse na reunião nos EUA.

O presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, afirmou que o Japão não deveria usar sua política monetária para manipular as taxas de juros e iniciar uma rodada de desvalorizações competitivas. Neste mês, o BC do Japão prometeu injetar 1,4 trilhão de dólares na economia em menos de dois anos para combater a deflação.

Durante o dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve ainda conversar separadamente com o ministro das Finanças da Argentina e com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Também haverá uma reunião com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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