Lucro de empresas brasileiras na Bovespa cai 40% no 1º tri
Resultado de companhias nacionais de capital aberto somou R$ 25,76 bilhões entre janeiro e março, queda de 41,4 % sobre o mesmo período de 2014
O lucro líquido das 317 companhias brasileiras de capital aberto somou 25,76 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano, queda de 41,4 % em relação ao mesmo período do ano passado, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pela empresa de consultoria Economatica. O resultado das empresas com ações negociadas na bolsa de São Paulo caiu 18,27 bilhões de reais entre janeiro e março de 2015 em comparação com os 40,03 bilhões de reais dos três primeiros meses do ano passado.
A queda reflete um forte impacto do resultado da Vale, maior produtora e exportadora mundial de ferro, que sofreu no primeiro trimestre deste ano prejuízo de 9,53 bilhões de reais. O número é bastante inferior ao lucro de 5,90 bilhões de reais dos três primeiros meses de 2014.
Segundo a consultoria, se o resultado da Vale fosse excluído do cálculo, o lucro líquido das empresas brasileiras de capital aberto no primeiro trimestre somaria 35,30 bilhões de reais, o que significa uma queda de apenas 7,41% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o estudo, a empresa brasileira com papéis na Bolsa com maior ganho no primeiro trimestre foi o Banco do Brasil, maior entidade financeira do país e controlada pelo Estado, com um lucro de 5,81 bilhões de reais, quase o dobro do que nos três primeiros meses do ano passado. Em seguida aparecem Itaú-Unibanco, maior banco privado do país, com 5,73 bilhões de reais, Petrobras (5,33 bilhões de reais), e Bradesco, segundo maior banco privado (4.24 bilhões de reais).
Já a lista das maiores perdas trimestrais foi liderada pela Vale, seguida pela fábrica de celulose Suzano (-762,4 milhões de reais) e Klabin (-728,6 milhões de reais).
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Setores – Apesar da queda em geral do lucro líquido das companhias de capital aberto nos três primeiros meses do ano, os 25 bancos com ações na bolsa de São Paulo obtiveram no trimestre um lucro somado de 17,76 bilhões de reais, com um crescimento de 42,8% em relação ao mesmo período de 2014.
Na ponta contrária ficou o setor de mineração, cujas cinco empresas sofreram nos três primeiros meses do ano perdas somadas de 9,83 bilhões de reais. Além da mineração, os outros setores que terminaram o trimestre com perdas foram os de construção, aluguel de automóveis, produção de veículos, transportes e papel e celulose.
(Com agência Efe)
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