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Líderes da UE se dividem à véspera de cúpula em Bruxelas

A chanceler alemã, Angela Merkel, é contra medidas de compartilhamento de dívida de países europeus e se contrapõe a Espanha

Por Da Redação
27 jun 2012, 09h02

A reunião da Cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, Bélgica, nem começou ainda e as temáticas a serem discutidas já dividem – publicamente – opiniões. Marcada para quinta e sexta-feiras, a reunião dos líderes europeus terá no centro do embate o uso ou não de mecanismos como eurobônus e fundos de resgate para sanar as dívidas dos países mais problemáticos.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse na quarta-feira que irá propor aos seus colegas da União Europeia que autorizem que os fundos de resgate do bloco ou o Banco Central Europeu (BCE) estabilize os mercados financeiros. Falando ao Parlamento, Rajoy alertou que a Espanha não será capaz de se financiar indefinidamente com o rendimento dos títulos de 10 anos perto de 7%.

A chanceler alemã, Angela Merkel, já reiterou que a mutualização da dívida do eurogrupo por meio de eurobônus é uma ação inútil para fazer frente à crise, disse ainda que não tem forças ilimitadas e seu país já deu garantias suficientes à Europa.

Merkel se reunirá com o presidente francês, François Hollande, na quarta-feira à noite em Paris para preparar a reunião. O governo francês cortará um bilhão de euros de gastos planejados para este ano, além de congelar gastos de três anos a partir de 2013.

Hollande se mostrou, na semana passada, na reunião em Roma (Itália) favorável a uma maior solidariedade entre os países do bloco, sem que as nações endividadas precisem abrir mão de mais soberania acerca dos seus orçamentos nacionais. Já a chanceler alemã disse que não aceitará responsabilidades adicionais sem que haja um amplo controle orçamentário.

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O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, quer que os fundos de resgate da zona do euro possam ser usados para limitar o spread sobre os papéis alemães em títulos emitidos por países que respeitam as regras orçamentárias da UE. A Alemanha, mais uma vez, opõem-se à medida.

Curto prazo – Os líderes europeus devem trabalhar em medidas de curto prazo para ajudar a resolver a crise da dívida soberana da região e aliviar a pressão do mercado sobre países em risco, afirmou nesta quarta-feira o comissário para assuntos econômicos e monetários da União Europeia (UE), Olli Rehn.

Ele disse ainda que a recapitalização direta para os bancos da zona do euro seria mais possível com uma supervisão mais ampla implementada na Europa, algo que continua, de certa forma, distante. “Nós temos que trabalhar com base em instrumentos existentes, a fim de preparar um programa setorial para a recapitalização dos bancos espanhóis em breve. Nesse contexto, nós tomaremos uma decisão com base no tratado existente.”

Espanha – Nesta quarta-feira, a Comissão Europeia alertou que o grau das medidas de austeridade que a Espanha está realizando no atual contexto de recessão pode ter o efeito de dificultar o crescimento econômico. Em seu relatório trimestral sobre emprego e condições sociais da região, a Comissão lembrou ainda que o país está atravessando “um profundo ajuste estrutural”, e lembrou que no último trimestre de 2011 o país entrou em recessão devido “a uma deterioração do mercado de trabalho maior que o esperado, a diminuição dos gastos públicos e a deterioração das condições de crédito”, além da conjuntura exterior.

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Leia mais: Em momento dramático, Europa sofre com a falta de estadistas

(Com agências France-Presse e Reuters)

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