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Justiça suspende financiamento de R$800 milhões da OAS

Credores da construtora são contra o financiamento, pois entendem que a operação tira valor da participação que a OAS tem na Invepar

Por Da Redação
7 ago 2015, 11h38

A Justiça suspendeu, na quinta-feira, o empréstimo de 800 milhões de reais que seria concedido pelo fundo Brookfield à OAS, em recuperação judicial e alvo da Operação Lava Jato. Os credores da construtora são contra o financiamento, pois entendem que a operação tira valor da participação que a OAS tem na Invepar, dona do Aeroporto de Guarulhos. Principal ativo do grupo, a fatia na Invepar foi dada em garantia no negócio.

O desembargador Carlos Alberto Garbi, do Tribunal de Justiça de São Paulo, ponderou que o juiz do processo de recuperação aceitou o financiamento sem que tenha sido realizada a assembleia com credores. “Os credores não foram adequada e antecipadamente ouvidos sobre a realização do negócio, que envolve vultoso valor e contrapartidas milionárias”, disse o desembargador em sua decisão.

O desembargador também ponderou o fato de que apesar de o administrador judicial da OAS ter afirmado que teve acesso aos fluxos de caixa da companhia e que constatou serem necessários os recursos para o pagamento de despesas de curto prazo, não houve nenhuma demonstração ou comprovação desta necessidade de caixa. Garbi disse ainda que também não foi comprovado o alegado processo licitatório que teria sido feito para a contratação do empréstimo com a Brookfield.

Desde que o negócio foi fechado, os credores entraram com uma enxurrada de ações questionando o financiamento. Eles alegam que OAS não apresentou a destinação dos recursos e questionam se é justificado um valor tão elevado. Os credores alegam ainda que a OAS pagou caro no empréstimo, deu a totalidade das ações que possui na Invepar como garantia e ainda deu a preferência para a compra das ações da empresa.

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O juiz da recuperação judicial ouviu todos esses argumentos, mas mesmo assim manteve o empréstimo, porque considerou que os advogados da OAS tinham razão ao afirmar que entre os credores estavam diversos bancos e que eles mesmos poderiam ter dado o financiamento caso fosse tão atrativo quanto alegavam.

Os credores, entre eles a Vinci Partners, recorreram da decisão no Tribunal de Justiça. Foi a gestora, representada pelo escritório de Sérgio Bermudes, que conseguiu a decisão liminar para a suspensão do financiamento. Os credores defendem que a Invepar poderia ser melhor negociada para potencializar a recuperação dos créditos devidos pela OAS. A empreiteira tem 25% da Invepar, que valeriam entre 1,5 bilhão de reais e 2 bilhões de reais.

Procurada, a OAS afirmou que as contestações ao empréstimo “revelam a preocupação de alguns credores apenas com os seus interesses particulares. Enquanto isso, permanece focada em encontrar uma solução ampla, que considere (…) todos os constituintes do processo de recuperação judicial.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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