O plano de austeridade permitirá à Itália alcançar um nível mais próximo do equilíbrio orçamentário em 2014

O presidente do Senado italiano, Renato Schifani, anunciou nesta terça-feira que vai propor antecipar a votação de um plano de austeridade para quinta-feira desta semana. O objetivo seria acalmar os mercados que temem um contágio da crise da dívida à Itália. A aprovação do plano pelo Senado estava prevista para 21 de julho.

Paralelamente, o ministro da Economia, Giulio Tremonti, deixava a reunião do Ecofin (encontro dos ministros da Economia e das Finanças da União Europeia) em Bruxelas antes do fim para retornar a Roma e concluir o projeto do plano de austeridade. “Acredito que é necessário e indispensável dar ao exterior um sinal de coesão de nosso país. E é importante que o plano de austeridade seja votado até quinta-feira, e não depois”, declarou.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, havia denunciado um ataque “puramente especulativo” dos mercados contra a Itália e defendido a solidez financeira de seu país, em uma entrevista ao jornal La Repubblica. “Nossos bancos vão melhor que os de outros países. Não tivemos a bolha imobiliária espanhola nem a bolha financeira irlandesa, e não temos as finanças públicas da Grécia”, declarou.

A esquerda e o centro anunciaram concordar com a rápida adoção do plano, para que a Câmara dos Deputados o ratifique até domingo. O plano de austeridade de 40 bilhões de euros permitirá à Itália alcançar um nível mais próximo do equilíbrio orçamentário em 2014.

(Com Agência France-Presse)