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IPCA perto de deflação coloca pressão de baixa nos juros

Forte desaceleração da alta dos preços abre espaço para que o Banco Central seja mais agressivo na estratégia de reduzir a taxa Selic

Por Da Redação
6 jul 2012, 10h56

As taxas futuras de juros caem nesta sexta-feira em reação ao fraco IPCA de junho e ao indicador do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Para os investidores, estes fatores são bons argumentos para que o Banco Central brasileiro tenha tranquilidade para prolongar o ciclo de relaxamento monetário para além de agosto. Em outras palavras, há espaço para a taxa básica de juros cair ainda mais. Às 10h44, o contrato para janeiro de 2013 cedia a 7,58%, de 7,62% no ajuste. Já o contrato para janeiro de 2014 recuava para 7,87%, de 7,91% no ajuste. Para janeiro de 2021, o juro cedia a 10,03%, de 10,06% nesta quinta-feira.

O comportamento dos preços no Brasil ficou perto de um quadro de deflação. O IPCA de junho teve uma variação de 0,08% em junho, de 0,36% em maio, ante o imposto menor para automóveis, efeitos da crise externa e da demanda mais fraca no Brasil. Em resumo, este cenário adverso ajuda a construir um cenário mais benigno do ponto de vista dos custos das mercadorias compradas e utilizadas pelo consumidor final no país.

O dado amplia a expectativa de que o BC poderá ter tranquilidade para prolongar o ciclo de relaxamento monetário. Ele não é suficiente, contudo, para convencer os economistas de que a dose de corte da Selic pode ser aumentada nesse momento em que bancos centrais do mundo voltam a adotar ações atípicas, como foi visto nesta quinta-feira.

Para a curva de juros, os traders olham os patamares de preços dos contratos e ajustam posições com base na relação cenário previsto/preço, segundo o economista-chefe da CM Capital, Darwin Dib. “E dependendo do preço, pode valer a pena apostar em coisas que você não acredita que vai acontecer de fato. O trader não trabalha com o cenário mais provável”, salientou Dib. E a percepção de que o risco pode compensar traz pressão de baixa para as taxas futuras de juros nos vencimentos curtos e intermediários.

Divulgado nos EUA, o relatório do mercado de trabalho apontou a criação de 80 mil vagas em junho, abaixo da previsão de aumento de 100 mil. Os dados de junho devem influenciar a decisão do Federal Reserve sobre adotar ou não uma terceira rodada de relaxamento monetário quantitativo (QE3, na sigla em inglês).

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Na quinta-feira, o mercado de juros doméstico encampou as medidas anunciadas pelos Banco Centrais da China, zona do euro e Inglaterra como redutores do risco de ruptura internacional e não como atos que inspirem nova mudança de paradigma na condução da política monetária local. Alívio forte no exterior pode retirar a contribuição deflacionária que os preços externos tem trazido para a economia doméstica. Foi essa leitura que prevaleceu na curva de juros.

Durante o Prêmio Destaque Agência Estado Empresas, na noite de quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu críticas recentes de que as ações públicas para fomentar a demanda e incentivar o crescimento do PIB no País se esgotaram.

(com Agência Estado)

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