Governo grego nega corte adicional de 1,9 bilhão de euros
Segundo imprensa local, autoridades do euro teriam exigido mais cortes de gastos para sanar economia do país
O governo grego negou os rumores divulgados pela imprensa local e disse nesta terça-feira que não irá aplicar um corte no orçamento de 13,5 bilhões de euros, cerca de 1,9 bilhões a mais do que o previsto. Segundo os jornais To Ethnos e Imerisia, o governo grego deverá tomar medidas complementares totalizando 1,9 bilhões de euros, como exigido pela troika – Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia (CE).
Fonte do Ministério das Finanças do país afirmou que a informação é infundada e lembrou a dificuldade da equipe econômica do governo para finalizar inclusive as medidas previstas, no valor de 11,6 bilhões de euros para os próximos anos. A discussão tem causado conflito entre os partidos que apoiam o governo, já que os cortes significariam descontentamento da população.
Contudo, o próprio ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, alimentou os rumores ao afirmar em entrevista recente que “os representantes da troika, no mês de julho, exigiram a adoção de cortes de 13,5 bilhões de euros”.
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A previsão é de que o primeiro-ministro, Antonis Samaras apresenta na quarta-feira ao chefe do eurogrupo, Jean-Claude Juncker, um esboço das novas medidas. Enquanto isso, é aguardado encontro da chanceler alemã, Angela Merkel, com Samaras na sexta-feira. A União Europeia injetou na Grécia cerca de 130 bilhões de euros a custos baixos, mas pediu em troca medidas de austeridade fiscal para sanar as finanças do país e aliviar as tensões sobre o euro.
Segundo o jornal grego Kathimerini, Samaras estuda a possibilidade de adotar os cortes em várias etapas, como estava inicialmente previsto para evitar que as medidas de ajuste provoquem o fim do governo de coalizão.
(com agência EFE)